A entrega está prevista para as 10h15 (4h15 no horário de Mato Grosso do Sul), durante a terceira plenária da 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da entidade.
Da Recação

Mato Grosso do Sul deve receber, nesta quinta-feira (29), em Paris, o certificado da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) de área livre de aftosa sem vacinação. A entrega está prevista para as 10h15 (4h15 no fuso de Mato Grosso do Sul), durante a terceira plenária da 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da entidade.
Uma delegação de Mato Grosso do Sul, coordenada pelo secretário da Semadesc, Jaime Verruck, deve receber a documentação. Também integra a comitiva o deputado estadual Paulo Corrêa, que representa a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) no evento. A Assembleia Mundial da OMSA reúne representantes dos 183 países membros, além de organizações internacionais e regionais. Na pauta, a discussão de temas relacionados à saúde animal global.
Verruck aponta que o reconhecimento como área livre da febre aftosa sem vacinação permitirá uma abertura ainda maior dos mercados internacionais para a carne bovina do estado.
“Mato Grosso do Sul já exporta carne para vários países da Europa, para a China e os Estados Unidos. Mas temos capacidade de entrar em mercados mais sofisticados, que remuneram melhor o produto. E isso é importante para o produtor rural sul-mato-grossense, porque vamos competir com estados como Santa Catarina, que até então estava sozinho na exportação para países mais exigentes, a exemplo do Japão”, ponderou.
O relevante para Mato Grosso do Sul, na visão do secretário, é o reconhecimento internacional como área livre da febre aftosa, após um longo esforço para sanear e fiscalizar a atividade.
Há dois anos, o estado já é considerado área livre da febre aftosa sem vacinação em nível nacional, e não foi detectada a circulação do vírus nesse período. No entanto, o secretário Jaime Verruck salienta que:
“É importante que o Ministério da Agricultura, que todos os órgãos de defesa sanitária animal, os produtores rurais e as equipes de fiscalização do estado mantenham toda essa estrutura de vigilância permanente, para que possamos manter esse status de área livre da aftosa no longo prazo para Mato Grosso do Sul”, pontuou Verruck.
Verruck aposta na chegada de novos investimentos no estado após o anúncio da OMSA, tanto no setor industrial de beneficiamento de carnes como também na produção de bovinos e suínos.
Linha do tempo da busca por esse reconhecimento
2008:
Mato Grosso do Sul recebe o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
2018 a 2021:
O Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) estabelece novas metas para a transição de zonas livres com vacinação para zonas livres sem vacinação, visando ampliar o acesso a mercados mais exigentes.
Novembro de 2022:
Mato Grosso do Sul realiza a última etapa de vacinação contra febre aftosa, marcando o início do processo para o reconhecimento como zona livre sem vacinação.
Março de 2024:
Por meio de portaria, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) reconhece, em âmbito nacional, Mato Grosso do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Maio de 2024:
O governo brasileiro, por meio do MAPA, apresenta oficialmente à OMSA o pedido de reconhecimento internacional de Mato Grosso do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Maio de 2025:
Mato Grosso do Sul aguarda a decisão da Assembleia Geral da OMSA, que deve oficializar o reconhecimento internacional do novo status sanitário, após um ano sem vacinação e sem registro de casos.