01/09/2025 17:44

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Campo Grande ainda tem 5.638 crianças à espera por vagas em escolas de educação infantil

Promessa de campanha da prefeita Adriane Lopes foi zerar fila até 2026, mas cobrança aumenta diante do déficit.

Da Redação

Audiência Pública discutiu problema de crianças que continuam sem acesso à educação infantil em Campo Grande (Foto: Câmara Municipal de Campo Grande/Divulgação).

Campo Grande ainda tem 5.638 crianças na lista de espera por vagas em escolas municipais de educação infantil (EMEIs). O déficit foi tema de audiência pública na Câmara Municipal nesta segunda-feira (1), que reuniu vereadores, professores, representantes do Ministério da Educação, Tribunal de Contas, Defensoria Pública e especialistas para discutir soluções.

A prefeita Adriane Lopes, durante a abertura do ano legislativo em fevereiro, prometeu zerar a fila até 2026. “Em dois anos e oito meses, nós diminuímos de 13 mil crianças para seis mil e nos próximos dois anos, vamos zerar essa fila de espera”, declarou na época. Na última sexta-feira (29), durante a entrega da EMEI do bairro São Conrado, ela reafirmou o compromisso de eliminar a demanda reprimida, promessa que também fez na campanha de 2024.

A vereadora Luiza Ribeiro, presidente da Comissão Permanente de Políticas e Direitos das Mulheres, de Cidadania e de Direitos Humanos da Casa de Leis, disse que a situação exige atenção imediata. “Campo Grande ainda não dá acesso a todos que precisam. A gente ainda tem quase seis mil crianças na fila de espera por vagas. Realizamos essa audiência todos os anos com objetivo de discutir como atravessarmos o problema da falta de vagas”, afirmou.

O secretário municipal de Educação, Lucas Henrique Bitencourt, destacou os avanços, mas reconheceu o desafio. “Campo Grande não tem lista de espera de 4 anos em diante. Mas de 0 a 3 anos tínhamos 13 mil alunos há dois anos, fomos para 8 mil e agora 5,6 mil aproximadamente. A educação é uma prioridade e vamos conseguir zerar a fila de espera, com qualidade principalmente”, afirmou.

Para o defensor público Eugenio Luiz Damião, a dívida do poder público com a primeira infância permanece. “A Constituição já assegura a todas as crianças o direito a estar dentro do sistema de educação. Infelizmente, o poder público ainda tem essa dívida que não consegue cumprir, não sei por quais razões”, pontuou.

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