Pesquisa do IPF/MS em parceria com o Sebrae/MS aponta que mais pessoas vão presentear este ano, mesmo com valor total menor que em 2024.
Da Redação
O Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, deve movimentar R$ 352,37 milhões na economia de Mato Grosso do Sul, segundo pesquisa sazonal desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF/MS) em parceria com o Sebrae/MS. O montante representa queda de 6% em relação a 2024, embora o número de consumidores dispostos a comprar presentes tenha aumentado, de 68,74% para 74%.
A economista do IPF-MS, Regiane Dedé de Oliveira, destacou que o valor médio gasto com presentes será de R$ 206,61, acima dos R$ 203,44 registrados no ano passado. “Percebemos que, apesar do valor ser menor, o número de pessoas dispostas a presentear é maior. Além disso, o valor gasto com presentes será maior, enquanto que os gastos com as comemorações serão mais modestos”, afirmou.
O analista-técnico do Sebrae/MS, Paulo Maciel, ressaltou que 72% dos consumidores pretendem comprar presencialmente, com destaque para os centros de bairros (61%) e o comércio de rua (21%). “A decisão de compras, muitas vezes, vem da própria criança, com 45% de influência. Criar ambientes lúdicos e acolhedores pode ser um diferencial importante. Treinar a equipe, oferecer diferencial competitivo, destacar a qualidade do produto são estratégias simples, mas que podem ser poderosas”, disse.
Ele reforçou ainda que o impacto não é restrito ao varejo. “Espaços de lazer, padarias, restaurantes têm papel central. Investir em um cardápio infantil com opções criativas e lúdicas também é uma técnica. O que vai fazer a diferença é o empresário entender que a data é movida pelo afeto e quando consegue transformar esse afeto em experiência positiva, ele vai conquistar mais do que uma venda: são clientes para toda uma vida”.
O levantamento mostra que filhos (51%) e netos (8%) devem ser os mais presenteados. A maior parte dos consumidores (59%) pagará à vista, enquanto 36% esperam bom atendimento no momento da compra. Entre os itens mais lembrados estão os brinquedos, com 48% das intenções, seguidos por roupas (31%), calçados (19%) e eletrônicos (11%). Entre os que não irão presentear, 31% afirmaram que não têm filhos, netos ou sobrinhos e 29% disseram não conviver com crianças pequenas. A falta de dinheiro foi apontada por 7% dos entrevistados.
Já as comemorações devem injetar R$ 123,81 milhões, com gasto médio de R$ 121,65. Do total, 69% afirmaram que irão celebrar, sendo que 32% farão a comemoração em casa, com preparo de refeições em família. Outros 14% pretendem realizar passeios e percentual próximo informou que irá a lanchonetes, restaurantes ou sorveterias com as crianças.
A pesquisa foi aplicada entre os dias 23 de agosto e 2 de setembro em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Bonito, Corumbá/Ladário e Três Lagoas. Foram ouvidas 1.982 pessoas e o intervalo de confiança é de 95%.
