12/07/2025 04:27

Setor florestal de MS tem 10 mil vagas de trabalho em aberto, de borracheiro a operador de harvester

Os dados são de um levantamento feito no ano passado, com cerca de 80% das empresas do segmento, pela Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore-MS).

Anderson Viegas

Operardor de harveter é uma das demandas do setor florestal em Mato Grosso do Sul, segundo a Reflore-MS (Foto: Silas Ismael/Eldorado).

O setor florestal de Mato Grosso do Sul tem 10 mil vagas de trabalho em aberto, de borracheiro a operador de harvester – máquina que corta, desgalha, traça e empilha o eucalipto em único processo. Os dados são de um levantamento feito no ano passado, com cerca de 80% das empresas do segmento, pela Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore-MS).

Segundo o diretor executivo da entidade, Benedito Mario Lazaro, Dito Mario, para ocupar esses postos de trabalho está havendo um esforço coletivo que envolve governo do estado, entidades como Sistema Fiems e Sistema Famasul, e também das empresas, para capacitar mão de obra.

Além do aproveitamento da força de trabalho local, Dito, aposta também para suprir essa demanda, da chegada de mão de obra de outros estados e na mecanização cada vez maior tanto na produção da matéria-prima, as florestas plantadas, no caso, quanto no processamento na área industrial.

Ele citou com o exemplo, as torres de monitoramento, que vigiam e protegem as áreas florestais contra incêndios. “Antes você tinha torristas (ou vigia florestal), que tinham de ficar nas áreas. Hoje, você tem câmeras de alta tecnologia para fazer esse trabalho. Então, não precisa mais que o trabalhador fique nesse local”.

Dito Mario, diretor executivo da Reflore-MS (Foto: Anderson Viegas/Made in MS).

Em relação aos trabalhadores que vem de outros estados para atuar no setor florestal Made in MS, Dito, destacou a necessidade de que eles contem com uma boa infraestrutura para que venham, se instalem e permaneçam no estado, o que inclui, por exemplo, moradia, saúde, educação, segurança pública, boa rede de serviços e de comércio.

Segundo o diretor da Reflore-MS, a perspectiva é de um aumento expressivo por mão de obra no setor, a medida que evoluem os novos projetos que o setor tem em andamento em Mato Grosso do Sul.

Chamado de “vale da celulose”, o estado abriga atualmente quatro linhas de produção em operação: três pertencentes à Suzano — sendo duas localizadas em Três Lagoas e uma em Ribas do Rio Pardo — e uma operada pela Eldorado Brasil, também em Três Lagoas. Juntas, essas unidades possuem uma capacidade instalada de processamento de 7,584 milhões de toneladas de celulose por ano. A perspectiva para o médio e longo prazo aponta para uma expansão significativa desse volume, que deve atingir 16 milhões de toneladas anuais. Esse crescimento será impulsionado por projetos já em andamento ou anunciados, como a nova linha da Eldorado em Três Lagoas, a entrada da Arauco com uma planta em Inocência e o projeto da Bracell em Bataguassu.

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