Evento realizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em Ribeirão Preto, apresentou cultivares mais produtivas e resistentes, além de dados inéditos que mostram que mais da metade da cana colhida no País é desenvolvida pela rede.
Da Redação

A Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa Brasil), lançou 18 novas variedades de cana-de-açúcar desenvolvidas por sete universidades federais integrantes do grupo. Atualmente, segundo o Censo Varietal Nacional, 54% da cana colhida na safra 2024/25 no Brasil são de variedades criadas pela Rede.
O lançamento ocorreu no dia 22, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em Ribeirão Preto, São Paulo.
A Ridesa Brasil é formada por dez universidades federais e mais de 300 bases de pesquisa espalhadas pelo País. Há mais de três décadas, a rede se dedica ao desenvolvimento de cultivares de cana com foco em produtividade, qualidade e sustentabilidade. No total, já disponibilizou 116 variedades aos produtores nacionais.
As novas cultivares lançadas apresentam avanços significativos em produtividade, resistência a pragas e doenças, tolerância ao estresse hídrico e maior teor de sacarose, além de se adaptarem a diferentes regiões produtoras. Entre os destaques está a RB075322, desenvolvida pela UFSCar, reconhecida pela alta rusticidade, produtividade e longevidade, já consolidada em polos de produção de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
O presidente da Ridesa e reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo, participou da cerimônia de abertura ao lado do coordenador-geral da Rede e professor da UFSCar, Hermann Paulo Hoffmann; da reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira; e do presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Luiz Antonio Elias.
Segundo Hoffmann, a Ridesa é hoje um modelo de referência em inovação agrícola. “A Ridesa é o maior programa de parceria público-privada do mundo para uma cultura agrícola. Hoje, nós estamos respondendo ao setor sucroenergético com entrega de produtividade. O objetivo é posicionar o etanol de cana com um custo mais competitivo no mercado. Essas novas variedades oferecem ao setor produtivo opções justamente para aumentar a produtividade e reduzir os custos”, afirmou.
A reitora Ana Beatriz destacou o papel da ciência no avanço da bioenergia e o impacto das universidades federais no desenvolvimento nacional. De acordo com ela, a rede, além de fortalecer a matriz energética limpa, forma pesquisadores que disseminam conhecimento e inovação em todo o País. “O desenvolvimento dessas variedades movimenta o setor, gera desenvolvimento econômico, contribui para a produção de energia limpa e forma profissionais altamente qualificados. A UFSCar sente imenso orgulho em ter um grupo de pesquisa de tamanha relevância nacional”, acrescentou.





