Após a Prefeitura Municipal de Campo Grande anunciar a suspensão do atendimento exclusivo às quartas-feiras para OSCs e Protetoras Independentes, a Comissão Permanente de Trabalho em Prol dos Animais, representando protetores independentes e Organizações da Sociedade Civil, está mobilizando a sociedade civil para cobrar que seja garantido o direito de continuidade dos atendimentos e o cumprimento do dever constitucional do Poder Público na proteção da fauna.
O trabalho das protetoras independentes e das OSCs que atuam nos cuidados e resgate de animais abandonados é fundamental para Campo Grande, pois se trata de saúde pública, controle de zoonoses, abandono e maus-tratos de animais e que beneficia toda a sociedade. Porém, esse é um trabalho voluntário, feito, muitas vezes, com recursos próprios e que possui uma grande demanda na cidade, necessitando do apoio efetivo da Prefeitura.
Dani Reis, representante das protetoras, externou sua preocupação com a situação. “Todos os animais que nós doamos e que a gente tem que garantir a castração. Como nós vamos castrar esses animais agora? Porque eu faço as feiras ainda de adoção e doo. Só esse final de semana foram mais de 40 animais. Então, é algo que vai atrapalhar muito a vida de todas nós, que vai impactar na causa animal. Na realidade, não é apenas na nossa vida que vai impactar, mas na sociedade em geral, na população, na saúde pública, inclusive nos casos das zoonoses, por causa das doenças transmissíveis, pois esses animais que vão procriar e ficar abandonados pela cidade”
Ela ainda afirmou que a solução oferecida, por meio do itinerante que tem limite máximo de 10 animais para avaliação de castração, sendo 1 protetor/OSC por dia, de segunda a sexta-feira, é ineficiente. “Foram retiradas mais de 90% das nossas castrações. São mais de 200 cadastradas que vão pedir o itinerante. Então a gente vai conseguir o itinerante novamente, dali quanto tempo? Seis meses? A hora que retornar as castrações, vão ser dez castrações por seis meses esses animais que nós doamos”, observou com preocupação.
Para buscar o retorno do atendimento e uma maior atenção do poder público, as protetoras independentes estão se mobilizando por meio de uma petição pública online e também uma mobilização em prol da causa animal, que acontecerá no dia 20 (quarta-feira), às 6h30, na Subea, que fica na Rua Rui Barbosa, 3538.
As protetoras contam com o apoio de toda a sociedade campo-grandense para essa causa tão importante.
Para assinar a petição, é só acessar o link https://chng.it/GSMnWhQhj7