Os dados são da pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Da Redação

Pelo quarto mês consecutivo, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Campo Grande apresenta queda. O índice ficou em 100,5 pontos, no limite da zona considerada positiva — acima de 100 indica otimismo quanto à capacidade de consumo. No mês anterior, estava em 101,5. Os dados são da pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A retração foi puxada, principalmente, pela piora na percepção sobre o nível atual de consumo de bens duráveis, que caiu 4,4%, além da queda na perspectiva profissional (-2,5%) e na expectativa sobre a renda (-1,3%).
“Apesar da manutenção de índices de consumos iguais ao do ano passado (45,6%) e da perspectiva de consumo para os próximos meses também ser como a do ano anterior (41,3%), o impacto de fatores juros ainda elevados e a alta no preço de alguns produtos essenciais na mesa do brasileiro pode estar influenciando a decisão de ir com mais calma às compras, especialmente as de maior valor”, analisa a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF/MS), Regiane Dedé de Oliveira.
O levantamento também aponta que 46,8% das famílias percebem que o acesso a empréstimos ou crédito para compras a prazo está igual ao do ano passado.
A pesquisa do ICF é realizada mensalmente com cerca de 500 famílias em Campo Grande e mede a confiança do consumidor em relação ao emprego, renda, acesso ao crédito e capacidade de consumo no presente e no curto prazo.
O índice avalia a percepção dos consumidores sobre aspectos que impactam diretamente as condições de vida, como segurança no emprego, nível de renda, capacidade de consumir no momento e nos próximos meses. Por ser construído a partir da percepção direta das famílias, sem uso de modelos econométricos, o indicador é considerado uma ferramenta relevante tanto para orientar decisões econômicas quanto para subsidiar estratégias de empresas, consultorias e instituições financeiras.