Engajamento com influenciadores de finanças bate recorde em 2024, aponta ANBIMA.
Da Redação

O público brasileiro está cada vez mais interessado em conteúdos sobre educação financeira. Segundo a oitava edição do estudo FInfluence, realizado pela ANBIMA, em parceria com o IBPAD, o engajamento médio dos influenciadores de finanças – os chamados finfluencers – atingiu 2.965 interações por publicação no segundo semestre de 2024, o maior número já registrado desde o início do monitoramento, em setembro de 2020.
O volume representa um crescimento de 21% em relação ao primeiro semestre do ano passado e de 216,4% desde o início da série histórica, reforçando o avanço da produção de conteúdo sobre finanças nas redes sociais.
“Há quase cinco anos monitoramos as atividades dos finfluencers 24 por 7 e nunca registramos um desempenho tão positivo quanto esse”, destaca Amanda Brum, CMO da ANBIMA. “A entrada de 170 novos influenciadores no estudo mostra que o mercado ainda não está saturado e apresenta, sim, espaço para novos players.”
Atualmente, o estudo monitora 741 influenciadores, alta de 30% em comparação à edição anterior, responsáveis por 1.662 perfis nas redes Instagram, Facebook, YouTube e X – um aumento de 24%. O número total de seguidores desses perfis chegou a 263,5 milhões, crescimento de 17% no semestre. Já o volume de publicações subiu 18%, somando 394.558 posts.
Influenciadores pessoas físicas seguem dominando
A maioria dos perfis analisados (576) é de pessoas físicas, número 30,6% maior que na edição anterior. Embora a média de seguidores desses perfis tenha caído 10,4%, para 320,8 mil, o engajamento subiu 15%, com destaque para o YouTube, que registrou 9.912 interações por vídeo.
“É inegável que esse ecossistema evoluiu muito e tem se profissionalizado. São cada vez mais raros vídeos e posts com imagens caseiras nas redes que monitoramos”, pontua Amanda Brum.
Influenciadores corporativos ganham força
Os perfis ligados a empresas também ganharam espaço. O número de influenciadores corporativos passou de 130 para 165, uma alta de 26,9% em seis meses. O engajamento médio dos conteúdos produzidos por esse grupo subiu 34,4%, atingindo 2.234 interações por post. No YouTube, esses perfis superaram até mesmo os de pessoas físicas, com 12.411 interações por vídeo.
“A melhora do desempenho institucional é atribuída à elevação da qualidade de produção e à crescente credibilidade das marcas de mídia especializada”, explica Brum.
“O público gosta de falar com gente. Isso ajuda a explicar o desempenho dos influenciadores pessoas físicas. Mas os crescimentos de influenciadores corporativos e do engajamento deles apontam que as empresas aprenderam o caminho das pedras. Tudo indica que vão manter essa trajetória”, conclui.