Lei garante preservação de 12 feiras e impede transferência sem aprovação da comunidade.
Da Redação

As tradicionais feiras livres de Campo Grande agora são patrimônio cultural e imaterial da cidade. A conquista foi oficializada com a sanção da Lei n. 7.481, de autoria do vereador Ronilço Guerreiro, pela prefeita Adriane Lopes. A medida assegura que os locais de realização das feiras não poderão ser transferidos sem justificativa técnica e sem consulta pública, que deve contar com a aprovação de pelo menos 50% dos moradores do bairro.

Conhecido como “vereador feirante”, Ronilço acompanha de perto a rotina das feiras, tanto no contato com feirantes e visitantes quanto na presença constante do projeto Freguesia do Livro, que distribui livros gratuitamente nesses espaços. Para ele, a nova lei é uma conquista importante para a valorização da cultura campo-grandense. “As feiras livres fazem parte da história e da identidade da nossa cidade. Essa lei é uma forma de proteger quem trabalha nelas e também de assegurar que a população continue tendo acesso a esse espaço de convivência, economia e cultura. É respeito e dignidade para quem mantém viva essa tradição”, afirmou.
A legislação abrange as feiras das regiões Vila Carvalho, Vila Carlota, Jockey Club, Santa Luzia, Tiradentes, Vila Célia, Nova São Paulo, Coophavila II, Universitário, Vila Jacy, Piratininga e Guanandi. O texto também determina que o poder público deve adotar medidas de valorização e preservação dessas atividades, reconhecendo seu papel como espaços de convivência social, incentivo à economia local e preservação da identidade campo-grandense.

Além da preservação dos locais, o vereador informou que seguirá atuando para garantir melhorias na infraestrutura. Entre as reivindicações estão banheiros químicos de qualidade, iluminação adequada, mais segurança e melhores condições para os trabalhadores. “A aprovação da lei é uma vitória, mas a luta continua. Vamos seguir cobrando melhorias na infraestrutura, porque os feirantes e a população merecem um espaço mais organizado, limpo e confortável”, disse.
Com a sanção da lei, as feiras livres passam a ter proteção legal e permanecem como pontos de encontro e lazer, fomentando a economia solidária e mantendo vivas as tradições de Campo Grande.