Capacitação valoriza talentos locais, impulsiona a qualificação profissional e quebra barreiras de gênero no setor
Da Redação

A cidade de Bataguassu (MS) recebeu, nesta segunda-feira (14), a aula inaugural do primeiro curso de formação de Mecânicos em Máquinas Florestais promovido pela MS Florestal, em parceria com o Senai/MS. A iniciativa marca um passo decisivo para o fortalecimento da qualificação profissional em um dos segmentos que mais avançam no estado.
A turma inaugural é composta por 25 alunos da comunidade, entre eles mulheres que estão desafiando estereótipos e conquistando espaço em uma área tradicionalmente masculina. Ao longo das 340 horas de formação, os participantes terão acesso a uma programação que combina teoria e prática, com foco no domínio técnico e na segurança das operações florestais.
O curso surge em um momento estratégico. Com o setor florestal em plena expansão, Mato Grosso do Sul ocupa posição de destaque no cenário nacional. Segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o segmento já responde por mais de 690 mil empregos diretos e 2 milhões indiretos no país. O estado lidera ainda os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), concentrando 46% das áreas integradas do Brasil — modelo que alia produção, recuperação ambiental e geração de valor social.
Para Heider Morais, gerente de Desenvolvimento de RH da MS Florestal, a qualificação técnica é peça-chave no desenvolvimento do setor. “A educação é a chave que abre portas. Este é um momento decisivo na carreira de cada aluno”, afirma.
Rodrigo Bastos, gerente de Gestão e Negócios do Senai/MS, destaca o cenário de pleno emprego em MS como um fator que exige mão de obra cada vez mais preparada. “Quem se qualifica se destaca. Essa turma é um exemplo claro de como o conhecimento pode transformar trajetórias.”
A própria história da MS Florestal acompanha esse crescimento. “Começamos com um plano modesto em Água Clara. Hoje, atuamos em 12 municípios. Acreditar na capacitação é valorizar os talentos da nossa região”, pontua Adriano de Oliveira, gerente de Silvicultura da empresa.
Entre os alunos, histórias inspiradoras. Roni Lima conta que, ao ver a divulgação do curso, imaginou que fosse voltado apenas para homens. “Quando soube que mulheres também podiam participar, me inscrevi na hora. Sempre fui curiosa, gosto de aprender. Estou cheia de expectativas.”
Luciano de Souza, outro participante, vê na formação uma chance concreta de mudança. “Já trabalhei com lavoura e vi o quanto a silvicultura tem crescido. Agora, estou focado nesse novo caminho. Acredito que esse curso vai transformar minha vida.”
O curso tem encerramento previsto para o dia 10 de setembro de 2025.