08/07/2025 17:05

Carreta Digital: Laboratório tecnológico itinerante certifica mais de dois mil alunos em Campo Grande

Meta é capacitar 3.000 estudantes de escolas públicas municipais da capital até o final do ano.

Da Redação

Projeto quer capacitar mais mil alunos de escolas públicas municipais até o fim do ano em Campo Grande (Foto: Divulgação).

O projeto Carreta Digital, um laboratório tecnológico itinerante, alcançou a marca de mais de 2.000 alunos certificados em Campo Grande, com a meta de capacitar 3.000 estudantes de escolas públicas municipais da capital até o final do ano.

Este veículo, configurado como um ambiente de aprendizado inovador, oferece gratuitamente capacitação em técnicas profissionais como programação de robôs e jogos, e montagem de PCs Gamer. Os participantes recebem um certificado ao final dos cursos, que pode servir como um ponto de partida para suas carreiras em tecnologia. Nacionalmente, o projeto visa certificar 15.000 alunos em Mato Grosso do Sul e outros cinco estados e no Distrito Federal.

Idealizado e executado pela Rede Brasileira de Certificação Pesquisa e Inovação (RBCIP), em parceria com o Ministério das Comunicações e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o programa busca promover a inclusão digital e a capacitação profissional de jovens em situação de vulnerabilidade social.

Em seis meses na capital, a Carreta Digital já esteve no SESC Lageado, Instituto Mirim e EM Professora Arlene Marques, operando atualmente na EM Dr. Eduardo Olímpio Machado. Até o momento, 2.078 alunos foram certificados. A EM Tomaz Ghirardelli será a próxima escola a receber o projeto em julho.

Marcelo Fiche, idealizador da Carreta Digital e conselheiro da RBCIP, detalha os cursos de robótica, montagem e configuração de computadores de alto desempenho e manutenção de celulares. Fiche enfatiza o impacto: “O projeto possibilita a prática de atividades que demonstram a importância das tecnologias no cotidiano das pessoas. Os jovens aprendem a consertar celulares, computadores e fazer as montagens dos equipamentos. É uma grande oportunidade deles serem iniciados em uma profissão, que pode favorecer a entrada no mercado de trabalho, apoiarem as suas famílias nas novas tecnologias, além de complementarem conceitos de matemática, física e outras habilidades”. Ele reforça a importância da integração da educação com o mercado de trabalho e a participação das escolas públicas.

O professor Marcelo Turine, da Faculdade de Computação da UFMS e coordenador regional do projeto, ressalta a relevância dos cursos para o mercado de trabalho em expansão. “A tecnologia de desenvolvimento de jogos, impressora 3D e robótica fazem parte do dia a dia das pessoas em todos os momentos. Cada vez mais, o mercado de trabalho vem incorporando novas profissões ligadas à tecnologia e à inovação. Há um leque de oportunidades para os jovens. Por isso, os estudantes devem aproveitar o projeto e mergulhar nos cursos da Carreta Digital. Cada curso tem duração de 10 horas e são oferecidos em uma semana, com 2 horas por dia”. Turine defende a transformação do projeto em política pública após avaliações de impacto.

No total, mais de sete mil alunos foram certificados em diversos estados. Gustavo Lima, coordenador de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, afirma que “O programa aproxima os jovens dos meios digitais e os capacita profissionalmente, fomentando a inserção no mercado de trabalho e a transformação social por meio da tecnologia”.

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