Decisão vale até 2026 ou até atingir cota de US$ 463 milhões. Volkswagen, Toyota, GM e Stellantis se manifestaram contra o benefício.
Da Redação

A disputa por espaço no mercado de veículos eletrificados ganhou um novo capítulo no Brasil. A BYD, montadora chinesa que vem crescendo no país, solicitou ao governo federal a redução nas tarifas de importação para veículos elétricos e híbridos parcialmente montados (nas categorias SKD e CKD).
A proposta gerou resistência de gigantes como Volkswagen, Toyota, GM e Stellantis, que consideraram a medida uma vantagem desleal à concorrência. A reação foi imediata, com críticas ao possível desequilíbrio no setor automotivo nacional.
Diante da pressão de ambos os lados, o governo brasileiro chegou a uma decisão intermediária: autorizou uma isenção temporária de impostos de importação, válida até janeiro de 2026 — ou até o limite de US$ 463 milhões em produtos importados.
A medida busca incentivar a eletrificação da frota brasileira e consolidar a presença da BYD, que já anunciou investimentos bilionários no país, incluindo a construção de uma fábrica em Camaçari (BA). Por outro lado, as demais montadoras argumentam que a decisão compromete a competitividade justa no setor, já que muitas delas também têm planos para ampliar suas linhas de veículos elétricos nos próximos anos.
Nos bastidores, a expectativa é que o embate continue nos fóruns de discussão do setor, com novas rodadas de negociação previstas para os próximos meses.