10/08/2025 02:53

‘Agosto Dourado’ reforça importância do aleitamento materno como prática essencial à vida, à saúde pública e ao meio ambiente

A campanha nacional “Agosto Dourado” reforça a importância do aleitamento materno, como prática essencial à vida, à saúde pública e ao meio ambiente. Sendo assim, hospitais como o Maria Aparecida Pedrossian, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e o universitário, da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), estão entre os destaques da mobilização.

A intenção é proteger, promover e apoiar o aleitamento materno. Este ano, a mensagem central é: “Priorize a amamentação: crie sistemas de apoio sustentáveis”, ressaltando a importância de uma rede sólida de suporte envolvendo famílias, profissionais de saúde, governo e sociedade.

A coordenadora do Banco de Leite Humano do Humap-UFMS, Edilene Villalba, destaca que o incentivo à amamentação precisa ser contínuo e articulado com políticas públicas.

“É preciso divulgar e sensibilizar a sociedade civil, os profissionais de saúde e os gestores sobre a relevância de reconhecer e apoiar o aleitamento materno como estratégia de saúde pública com maior impacto e custo-benefício no combate à mortalidade infantil, às mudanças climáticas e às desigualdades sociais”, defende.

Já em Dourados, a presidente da Comissão de Incentivo e Apoio ao Aleitamento Materno e responsável pela assistência no Banco de Leite do HU-UFGD, Neiva Brandão, ressalta o papel da família como rede de apoio primária.

“A família é o primeiro e mais constante ponto de suporte para a mãe e o bebê, tanto emocional quanto prático”, afirma.

Acolhimento e inclusão

Nos hospitais da Rede Ebserh em todo o país, pacientes relatam ter encontrado acolhimento e apoio para vivenciar esse processo com tranquilidade. É o caso de Taís Horácio e Luiz Fernando Nascimento, pais da pequena Maia, nascida no Hucam-Ufes.

“Recebi todas as orientações e sei que posso contar com o Banco de Leite, caso necessário. Isso nos dá segurança”, afirma Taís. Já Luiz Fernando reforça a importância de participar da amamentação e o quanto aprendeu no hospital.

A enfermeira Isabel Maliska, do Centro de Incentivo ao Aleitamento Materno do HU-UFSC, enfatiza a importância da inclusão nos debates sobre o tema.

“O aleitamento materno é um conhecimento que precisa ser compartilhado com toda a equipe. Ele precisa alcançar, por exemplo, famílias trans, homoafetivas, pessoas em situação de vulnerabilidade ou com deficiência”, aponta.

Um exemplo dessa abordagem inclusiva está na Maternidade Escola do CH-UFRJ, onde Lucas Leonardo, homem trans e pai de Maria Cecília, recebeu apoio especializado para amamentar. “Eu pensei em desistir, mas sabia que era importante para minha filha. O mais importante foi saber que eu podia pedir ajuda sempre que precisasse”, relata.

Segundo Sandra Valesca Sousa, chefe da Unidade da Saúde da Criança e Adolescente do CH-UFRJ, a maternidade oferece acolhimento contínuo, inclusive após a alta hospitalar. “Nossas pacientes são orientadas a procurar a sala de amamentação sempre que precisarem de suporte”, destaca.

Sustentabilidade: o leite mais ecológico que existe

Além de ser um alimento completo para o bebê, o leite humano também se destaca como um recurso natural e sustentável. A médica Alena Maria Barreto Jardim, da Maternidade Climério de Oliveira (MCO-UFBA), reforça o impacto ambiental positivo da amamentação.

“O leite materno é renovável, sem embalagem, sem emissão de poluentes e pronto para o consumo. Não existe produto mais sustentável que esse”, diz.

Apesar de seus inúmeros benefícios, a prática da amamentação nem sempre é simples. “É preciso criar um ambiente propício e oferecer suporte às pessoas que amamentam, ajudando-as a superar os desafios que surgem”, conclui Alena.

Engajamento contínuo

Para a pediatra Maristela Honório de Oliveira, coordenadora do Banco de Leite Humano do HUPAA-UFAL, é necessário manter ações permanentes de sensibilização. “O aleitamento materno não deve ser lembrado apenas durante campanhas. Exige engajamento durante todo o ano”, afirma.

O Agosto Dourado é uma oportunidade de reafirmar o compromisso dos hospitais da Rede Ebserh com a saúde das mães e bebês, a equidade no acesso ao conhecimento sobre amamentação e a promoção de ambientes mais acolhedores e sustentáveis.

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