12/07/2025 08:37

Estudo aponta que inteligência artificial é chave para aumentar produtividade no setor público

A pesquisa, conduzida pelo Economist Impact com mais de 1.550 servidores públicos de 26 países, incluindo o Brasil, aponta que 66% das instituições públicas já utilizam IA para análises preditivas.

Da Redação

Um novo estudo internacional revela que a inteligência artificial (IA) já é uma realidade no setor público e representa um caminho estratégico para melhorar a produtividade e a eficiência dos serviços prestados à população. A pesquisa, conduzida pelo Economist Impact com mais de 1.550 servidores públicos de 26 países, incluindo o Brasil, aponta que 66% das instituições públicas já utilizam IA para análises preditivas.

O levantamento faz parte do relatório Reimagining the Future of Public Sector Productivity, que destaca a crescente dependência do setor público da combinação entre transformação digital e mudanças estruturais para alcançar melhores resultados. Segundo os dados, 60% dos entrevistados veem o redesenho organizacional como a principal estratégia para aumentar a produtividade, seguido da transformação digital, citada por 58%.

A IA aparece como uma das ferramentas mais promissoras nesse processo de modernização. Além da análise preditiva, que permite antecipar riscos e orientar ações preventivas, 54% das instituições utilizam a tecnologia para monitorar ciberameaças e prevenir fraudes – em um contexto de aumento de ataques virtuais e desvio de recursos.

A melhoria da produtividade, no entanto, vai além dos indicadores operacionais. Segundo o relatório, 58% dos servidores consideram a satisfação dos funcionários como uma métrica essencial de sucesso, enquanto 56% apontam a percepção dos cidadãos como referência para avaliar os resultados. Isso mostra que o impacto da inovação tecnológica só se consolida quando há melhoria efetiva na entrega dos serviços públicos.

“Uma em cada cinco pessoas no mundo trabalha no setor público, então qualquer avanço em produtividade e eficiência se transforma em impacto econômico e social. A maneira como o Estado organiza seus processos e usa tecnologias define não só a qualidade dos serviços públicos, mas também o ritmo de desenvolvimento do país”, explica o CEO e fundador da Aprova, Marco Antônio Zanatta.

Apesar dos avanços, o estudo revela desafios importantes. Apenas 14% dos servidores públicos afirmam participar ativamente da escolha das tecnologias adotadas por suas instituições. Essa baixa participação pode gerar resistência interna e comprometer a eficácia das soluções implementadas.

Outro dado que chama a atenção é a cautela no processo de adoção de novas ferramentas: 70% das organizações só implementam tecnologias após comprovação de resultados por outras instituições. O comportamento reforça a importância de um planejamento realista, estruturado e com envolvimento das equipes desde o início.

Sem isso, alerta o relatório, as tecnologias perdem valor, criam atritos e podem comprometer o funcionamento do serviço público – exatamente o oposto do que se espera da transformação digital.

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