17/06/2025 06:26

Primeira estação meteorologica do projeto no Pantanal entra em operação

Localizada na Fazenda Campo Zélia, na região da Nhecolândia, no município de Corumbá, a nova estação integra a rede operacionalizada pelo Cemtec/MS.

Da Redação

Primeira estação meteorologica do projeto no Pantanal (Foto: Divulgação)

O governo de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Aprosoja/MS, concluiu a instalação da primeira estação meteorológica do projeto de expansão da rede no Pantanal, que já está em fase de testes e transmitindo dados. O investimento total na ampliação do monitoramento climático no Estado é de R$ 7,89 milhões.

Localizada na Fazenda Campo Zélia, na região da Nhecolândia, no município de Corumbá, a nova estação integra a rede operacionalizada pelo Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima). Ela já transmite informações em tempo real para a base da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), nos Estados Unidos, que redistribui os dados para os órgãos nacionais responsáveis pelos boletins meteorológicos.

Essa é a primeira de um total de oito estações que serão implantadas na planície pantaneira dentro do projeto. Ao todo, serão instaladas 19 novas estações meteorológicas em Mato Grosso do Sul, ampliando a rede estadual para 61 unidades, sendo 42 próprias do Governo e 19 do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

“Vamos melhorar a cobertura espacial dos dados meteorológicos em Mato Grosso do Sul, aprimorar a previsão do tempo e proporcionar uma série histórica de coleta de dados climáticos essenciais para o Estado. Isso vai permitir o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes no enfrentamento de problemas ligados a fenômenos ambientais. As novas estações preenchem vazios que havia em regiões, sobretudo da bacia do rio Paraguai, onde não se tinha informações precisas sobre níveis de precipitação, temperaturas e outros dados climáticos”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

O projeto tem como objetivo fortalecer o monitoramento climático para embasar decisões em setores como agronegócio, indústria, turismo e, principalmente, na prevenção de desastres ambientais, como incêndios florestais, que são recorrentes no Pantanal.

“Essas estações vão permitir a cobertura de todo o nosso território. Na região do Pantanal, que hoje conta com apenas uma subestação, teremos sete estações meteorológicas, ampliando o monitoramento do clima no bioma, favorecendo a pesquisa científica e promovendo uma série de outros benefícios para a região”, destacou Verruck.

De acordo com a coordenadora do Cemtec/MS, meteorologista Valesca Fernandes, a ampliação da rede é estratégica diante dos efeitos das mudanças climáticas. “A ampliação da rede permite um melhor monitoramento da variabilidade climática, possibilitando uma compreensão mais profunda das mudanças climáticas e seus impactos na região, como secas prolongadas e chuvas intensas. Com um maior número de dados coletados, as previsões meteorológicas se tornam mais acuradas, favorecendo a calibragem dos modelos de previsão e, consequentemente, serviços meteorológicos mais eficazes”, explicou.

As estações seguem os padrões do Inmet e da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), com dados públicos disponíveis nas plataformas do Cemtec/MS e do Inmet.

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