17/06/2025 12:46

MS avança na liderança do etanol de milho com novas usinas

Com duas novas unidades anunciadas pela Atvos e mais uma prestes a ser confirmada, Estado amplia agregação de valor e consolida polo estratégico da bioenergia.

Da Redação

Avança a produção de etanol a base de milho em Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul vive uma nova etapa na consolidação da sua matriz energética limpa e renovável. O Estado, que já é o segundo maior produtor nacional de etanol de milho, está em plena expansão com o anúncio de duas novas usinas — nos municípios de Nova Alvorada do Sul e Costa Rica — ambas da Atvos, e a confirmação de mais uma unidade prestes a ser anunciada.

O anúncio foi feito em março durante a 3ª Expocanas, em Nova Alvorada do Sul, pelo CEO da Atvos, Bruno Serapião. Cada unidade terá capacidade para processar 400 mil toneladas de milho por ano, representando investimentos individuais de mais de R$ 1 bilhão.

Além disso, foi confirmada a construção da maior usina de biometano do mundo gerado a partir da vinhaça da cana-de-açúcar, com investimento de R$ 350 milhões, na Unidade Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul. O empreendimento reforça o compromisso do Estado com a sustentabilidade e a meta de se tornar carbono neutro até 2030.

“Esse investimento é uma nova postura estratégica da Atvos, que até então era uma empresa de etanol de cana. Agora ela passa a compor também o etanol de milho, com duas novas unidades altamente modernas e integradas à estrutura já existente no Estado”, explicou Jaime Verruck.

Com esses novos empreendimentos, Mato Grosso do Sul passará a contar com cinco unidades produtoras de etanol de milho, consolidando-se como um dos principais polos do setor no Brasil.

Produção em alta e redução da exportação de milho

Atualmente, 37% do etanol produzido em Mato Grosso do Sul já tem como base o milho. Na safra 2023/2024, foram produzidos 962,1 milhões de litros de etanol de milho — aumento expressivo em relação à safra anterior, que registrou 721,3 milhões de litros. A previsão da Biosul é que a participação do milho na matriz do biocombustível continue subindo e alcance 40% já na safra 2025/2026.

“Estamos avançando com a industrialização do milho, que antes era basicamente exportado. Mato Grosso do Sul, que era exportador líquido de 5 a 6 milhões de toneladas de milho por ano, agora começa a transformar essa matéria-prima aqui mesmo, gerando emprego, renda e desenvolvimento industrial”, destacou Verruck.

Segundo os dados da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), o Estado já responde por 19% da produção nacional de etanol de milho, ficando atrás apenas de Mato Grosso (69%) e à frente de estados como Goiás (11%).

Expansão da cadeia e integração com outros setores

Além do avanço no etanol de milho, o fortalecimento do setor impulsiona outras cadeias produtivas, como a de proteína animal. O DDG (grão seco de destilaria), subproduto da produção de etanol, é utilizado como ração na suinocultura, avicultura e piscicultura.

Com 22 usinas em operação e mais investimentos previstos, Mato Grosso do Sul se destaca como referência nacional em bioenergia. “Estamos falando de inovação tecnológica, diversificação da matriz produtiva e sustentabilidade. Bioenergia é desenvolvimento, é futuro, e Mato Grosso do Sul está na vanguarda desse movimento”, concluiu Verruck.

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