20/11/2025 14:50

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Primeiro dia da Expocampo no SRCG tem lançamento de livro sobre o Pantanal e palestras do programa Mestres do Agro

Evento destacou integração entre escolas rurais e urbanas, formação de professores e valorização da cultura pantaneira.

Anderson Viegas e Pedro Viegas

Lançamento do livro “Comitiva Pantaneira – Do Rio Negro ao Rio Piquiri”, da engenheira agrônoma Marcela Lemos Monteiro (Foto: Pedro Viegas/Made in MS).

O primeiro dia da Expocampo, realizado na sede do Sindicato Rural de Campo Grande, Corguinho e Rochedo, apresentou uma programação diversificada, com palestras para professores ministradas por especialistas do programa Mestres do Agro e o lançamento do livro “Comitiva Pantaneira – Do Rio Negro ao Rio Piquiri”, da engenheira agrônoma Marcela Lemos Monteiro.

Presidente do SRCG, Eduardo Monreal (Foto: Pedro Viegas/Made in MS).

O presidente do SRCG, Eduardo Monreal, destacou a relevância do evento promovido em parceria com a secretaria municipal de Educação de Campo Grande, que tem como foco expor experiências, pesquisas e práticas pedagógicas construídas pelas escolas da zona rural. “É um momento muito bacana porque há uma integração entre o rural e o urbano. Então oito escolas estão aqui para mostrar os trabalhos, mostrar os produtos que eles fazem no campo, nas cozinhas industriais das escolas, e os alunos vêm aqui exercer e exercitar o seu empreendedorismo.”

Monreal ressaltou a visibilidade proporcionada aos trabalhos dos estudantes e das instituições. “A comunidade como um todo enxerga os produtos, a qualidade dos produtos. É um queijo bem feito, é um doce bem feito, é um doce de leite bem feito. Enfim, todos os produtos que são feitos nas escolas rurais, nas hortas, vêm para cá e nós vamos divulgar isso.”

Entre os pontos centrais da programação, ele citou o programa Mestres do Agro, iniciativa promovida pela secretaria, organizada pelo Sindicato Rural e pela Associação De Olho no Material Escolar, com apoio do Senar/MS.

Segundo o presidente, a ação reuniu 200 professores para um ciclo de palestras de alto nível. “São 200 professores que estão aqui recebendo palestras de alto nível de pesquisadores da Embrapa, pesquisadores lá da USP, que vêm trazer informação de qualidade sobre os números do agro, desmistificando alguns números que estavam erroneamente sendo divulgados e trazendo outros verdadeiros, que são comprometidos, mostrando a pujança e o emprego que o agro gera”, ressaltou.

Outro destaque do dia foi o lançamento do livro “Comitiva Pantaneira – Do Rio Negro ao Rio Piquiri”, escrito pela engenheira agrônoma Marcela Lemos Monteiro. A obra é o terceiro volume da autora sobre a saga do jovem pantaneiro Tiquinho.

Engenheira agrônoma Marcela Lemos Monteiro (Foto: Pedro Viegas/Made in MS).

“Em 2024, resolvi escrever sobre as escolas pantaneiras, na voz do Tiquinho. Era o Tiquinho do Pantanal. As quatro séries eram ministradas em uma sala, com uma única professora. As crianças iam a cavalo ou de bicicleta, cheias de ânimo para estudar. Na sequência, em 2008, ele já está mais velho, porque já entende de aves, ele acompanha os turistas, ele já tem mais conhecimento [Encanto das Aves Pantaneiras]. Essa obra é a terceira da série do Tiquinho. Está contando especificamente de uma comitiva, ele foi convidado a participar e atravessa vários sub-pantanais até chegar lá no Pantanal do Paiaguás. O pai dele já acompanha muitas comitivas e ele quer ter a oportunidade e toca a parada.”

No novo livro, de 90 páginas e ricamente ilustrado, a autora retrata toda a emoção vivida por Tiquinho durante a comitiva. “Tem toda aquela emoção de gado passando pela vazante, a tropa e, vamos dizer, o Pantanal verde. E ele conta sobre todo esse episódio de 37 dias, que ele acompanha a comitiva, o que eles comem, como é que eles fazem o laço, como é que preparam o gado para a noite. E são as realidades pantaneiras.”

Durante o evento, Marcela fez a doação de mil livros para as 350 escolas da rede estadual e de 270 exemplares para as 90 escolas da rede municipal de ensino de Campo Grande.

“Meu sonho, como eu disse antes, era que o Pantanal chegasse às salas de aula, e o tema fosse desenvolvido nas escolas, quem sabe estimulando os jovens a lerem mais, e que de vez em quando deixem de lado as telinhas e mergulhem nas páginas de um livro. A concorrência é dura, mas quem sabe o colorido das ilustrações os cative. Espero que, além dos alunos, todos vocês apreciem”, concluiu a autora.

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