20/11/2025 14:45

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Setor de bioenergia entrega Carta do Acordo de Belém ao Ministério de Minas e Energia durante a COP30

Documento reúne propostas para ampliar biocombustíveis até 2035 e reforça liderança brasileira na transição energética global.

Da Redação

Carta do Acordo de Belém consolida recomendações para ampliar o uso de biocombustíveis no mundo e foi apresentada durante a COP30. (Foto: Bioenergia Brasil/Divulgação).

O setor brasileiro de bioenergia entregou no dia 14 a Carta do Acordo de Belém ao secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Renato Dutra, em um encontro realizado dentro da programação oficial da COP30. A apresentação integrou a sessão especial que celebrou os 50 anos do Proálcool, marco histórico que consolidou o Brasil como referência global na produção e no uso de combustíveis renováveis, segundo as entidades signatárias.

O documento reúne contribuições de ANFAVEA, Bioenergia Brasil, Instituto MBC Brasil e Unica. A Biosul, que representa os produtores de bioenergia de Mato Grosso do Sul e integra a Bioenergia Brasil, também participou da elaboração. De acordo com o setor, a carta sistematiza recomendações voltadas a ampliar o uso de combustíveis sustentáveis nas políticas climáticas internacionais. Entre os principais pontos estão o aumento significativo da produção e do consumo até 2035, políticas estáveis de mistura, ampliação do acesso a financiamentos voltados à transição energética e a convergência global sobre critérios de sustentabilidade.

O texto destaca ainda que avanços consistentes dependem da cooperação entre governos, indústria e organismos multilaterais. As entidades defendem que o Brasil reúne condições únicas para liderar essa agenda, combinando maturidade tecnológica, escala produtiva e resultados consolidados em cadeias como etanol, biodiesel, biogás, biometano, HVO e SAF. Essas soluções, conforme o setor, estão prontas para serem ampliadas globalmente e gerar impacto imediato na descarbonização de segmentos de difícil mitigação.

Para o presidente da Biosul, Amaury Pekelman, a entrega da carta reforça o papel estratégico do país na transição energética. “Entregar este documento na COP30 é reafirmar que o Brasil tem condições de liderar soluções reais para o clima. Mato Grosso do Sul, com sua produção diversificada e eficiente, mostra que é possível crescer, gerar energia limpa e reduzir emissões ao mesmo tempo. Agora buscamos que as nações avancem em políticas e investimentos que valorizem e expandam esse caminho”, afirma Pekelman.

As entidades esperam que as recomendações apresentadas orientem as negociações da COP30 e influenciem as decisões dos países nos próximos ciclos de implementação climática. A expectativa do setor é que as nações ampliem o uso de combustíveis sustentáveis, fortaleçam instrumentos de financiamento e intensifiquem a cooperação internacional para difundir tecnologias de baixo carbono. Segundo o grupo signatário, a carta representa um avanço importante na construção de uma transição energética global mais rápida, coerente e alinhada às soluções que o Brasil já domina.

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