Especialistas apontam que sintomas discretos podem indicar queda hormonal e reforçam importância do diagnóstico médico antes da reposição.
Da Redação

Os sinais de queda na testosterona, muitas vezes ignorados pelos homens, voltaram ao debate após especialistas alertarem que sintomas discretos podem comprometer energia, humor, desempenho sexual e até funções cognitivas. Segundo profissionais da área, esses indícios são frequentemente confundidos com estresse, cansaço ou o avanço da idade, o que atrasa o diagnóstico e o início de um tratamento adequado.
Uma pesquisa do Instituto Qualibest, encomendada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e divulgada em 2024, revelou que apenas 34 por cento dos homens procuram um urologista ao perceber alterações no corpo. O levantamento mostra que, enquanto as mulheres buscam atendimento mais rapidamente, grande parte do público masculino tende a minimizar sintomas que podem indicar queda hormonal.
Para o urologista e especialista em saúde do homem, Henrique Coelho, esse comportamento pode adiar a identificação de problemas importantes, como a deficiência de testosterona. Ele afirma que irritação, cansaço e queda da libido são sinais silenciosos que não devem ser ignorados.
O especialista explica que a testosterona baixa crônica pode provocar não apenas perda de massa muscular, mas também osteopenia, disfunção erétil, depressão e prejuízos na memória e no foco. Segundo ele, os riscos a longo prazo incluem piora do colesterol, aumento do risco cardiovascular, anemia e queda significativa na qualidade de vida. Para Coelho, a atenção aos sintomas é fundamental para evitar complicações futuras e garantir tratamentos mais eficazes.
Quando confirmada por exames, a queda hormonal pode ser tratada por meio da Terapia de Reposição de Testosterona. De acordo com o urologista, esse tratamento é recomendado apenas após avaliação médica e pode ser feito com injeções intramusculares, gel transdérmico, implantes subcutâneos ou adesivos cutâneos.
Ele ressalta que cada método deve ser escolhido conforme as necessidades individuais do paciente e que a reposição não deve ser usada como atalho para ganho de massa muscular. Coelho reforça que a reposição hormonal é tratamento médico e deve ser conduzida com segurança, responsabilidade e acompanhamento contínuo.





