05/12/2025 07:45

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Testosterona em alerta: sinais silenciosos ligam preocupação sobre saúde hormonal masculina

Especialistas apontam que sintomas discretos podem indicar queda hormonal e reforçam importância do diagnóstico médico antes da reposição.

Da Redação

Urologista e especialista em saúde do homem, Henrique Coelho (Foto: Divulgação).

Os sinais de queda na testosterona, muitas vezes ignorados pelos homens, voltaram ao debate após especialistas alertarem que sintomas discretos podem comprometer energia, humor, desempenho sexual e até funções cognitivas. Segundo profissionais da área, esses indícios são frequentemente confundidos com estresse, cansaço ou o avanço da idade, o que atrasa o diagnóstico e o início de um tratamento adequado.

Uma pesquisa do Instituto Qualibest, encomendada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e divulgada em 2024, revelou que apenas 34 por cento dos homens procuram um urologista ao perceber alterações no corpo. O levantamento mostra que, enquanto as mulheres buscam atendimento mais rapidamente, grande parte do público masculino tende a minimizar sintomas que podem indicar queda hormonal.

Para o urologista e especialista em saúde do homem, Henrique Coelho, esse comportamento pode adiar a identificação de problemas importantes, como a deficiência de testosterona. Ele afirma que irritação, cansaço e queda da libido são sinais silenciosos que não devem ser ignorados.

O especialista explica que a testosterona baixa crônica pode provocar não apenas perda de massa muscular, mas também osteopenia, disfunção erétil, depressão e prejuízos na memória e no foco. Segundo ele, os riscos a longo prazo incluem piora do colesterol, aumento do risco cardiovascular, anemia e queda significativa na qualidade de vida. Para Coelho, a atenção aos sintomas é fundamental para evitar complicações futuras e garantir tratamentos mais eficazes.

Quando confirmada por exames, a queda hormonal pode ser tratada por meio da Terapia de Reposição de Testosterona. De acordo com o urologista, esse tratamento é recomendado apenas após avaliação médica e pode ser feito com injeções intramusculares, gel transdérmico, implantes subcutâneos ou adesivos cutâneos.

Ele ressalta que cada método deve ser escolhido conforme as necessidades individuais do paciente e que a reposição não deve ser usada como atalho para ganho de massa muscular. Coelho reforça que a reposição hormonal é tratamento médico e deve ser conduzida com segurança, responsabilidade e acompanhamento contínuo.

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