Workshop da Asumas discutiu biogás, adubação orgânica, crédito ambiental e mercado de carbono, com participação de produtores, empresas e governo.
Da Redação

A Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores (Asumas) realizou nesta quinta-feira (11), em Dourados, a segunda edição do Workshop do Programa Asumas de Sustentabilidade (PAS). O encontro reuniu produtores, empresas, autoridades e instituições parceiras para discutir soluções voltadas à sustentabilidade na suinocultura, explorando desde o aproveitamento de dejetos suínos até oportunidades de inserção no mercado de carbono.
O evento foi estruturado em quatro eixos centrais: geração e aproveitamento de biogás, adubação orgânica, linhas de crédito para investimentos ambientais e crédito de carbono. As discussões foram conduzidas de forma colaborativa, com a metodologia de interação da 333 Academy, permitindo a troca de experiências práticas e a construção conjunta de propostas.
De acordo com o presidente da Asumas, Renato Spera, o workshop mostrou a força do setor quando reúne diferentes elos da cadeia produtiva. “Temos a participação de produtores, empresas e instituições que trazem experiências práticas e conhecimento técnico. Com a metodologia de interação, todos puderam contribuir com informações e oportunidades, ajudando a desenhar o futuro da suinocultura no Mato Grosso do Sul. O PAS já é uma marca consolidada, e a cada edição conseguimos avançar em propostas concretas. O próximo passo é reunir essas contribuições e planejar ações de médio e longo prazo, garantindo a sustentabilidade e a longevidade do setor”, afirmou.
Ele destacou ainda a relevância dos temas debatidos. “São pautas emergentes, alinhadas às demandas de mercado e às políticas de sustentabilidade, como a meta de carbono zero do Governo do Estado. A suinocultura tem grande potencial de contribuição, pois, além de gerar proteína de qualidade, oferece oportunidades de integração com a agricultura e a pecuária. Esse casamento de atividades abre novas perspectivas para o produtor”, completou.
A iniciativa teve apoio do Sebrae/MS e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). Para o secretário-executivo da Câmara Setorial da Avicultura e representante da Semadesc, Rubens Flávio Mello Corrêa, o associativismo é peça-chave para fortalecer o setor.
“O Governo do Estado enxerga o associativismo como um caminho para o fortalecimento dos produtores e da cadeia produtiva da suinocultura. É ele que permite um diálogo mais transparente e harmônico entre indústria e produtores. Hoje não há como produzir proteína sem sustentabilidade ambiental e social. Os mercados, principalmente os externos, exigem isso. Programas como o PAS mostram que a Asumas está no caminho certo, trazendo soluções inovadoras para garantir competitividade e responsabilidade ao setor”, afirmou.