04/09/2025 12:50

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Safra de inverno de milho pode ser a maior da história em MS

Estimativa do SIGA MS projeta produção de 14,226 milhões de toneladas, superando recorde de 2022/2023.

Anderson Viegas

Colheita do milho segunda safra começou em maio e se estende até este mês de setembro no estado (Foto: Aprosoja/MS/Divulgação).

Mato Grosso do Sul pode colher na temporada 2024/2025 a maior safra de inverno de milho da sua história. A estimativa, divulgada nesta terça-feira (2) pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (SIGA MS), aponta produção de 14,226 milhões de toneladas. O boletim é resultado de parceria entre a Associação dos Produtores de Soja local (Aprosoja/MS) e o governo do estado.

Segundo o levantamento, o possível recorde supera o teto de 14,220 milhões de toneladas registrado no ciclo 2022/2023. O desempenho pode ser alcançado em razão da alta na produtividade, que deve atingir 112,7 sacas por hectare. A área cultivada deve registrar variação mínima em relação ao ciclo passado, com 2,103 milhões de hectares, contra 2,102 milhões na safra 2023/2024, quando foram colhidos 8,457 milhões de toneladas com média de 67,05 sacas por hectare.

Mapa da produção de milho (em amarelo na imagem) em Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução/Projeto SIGA MS).

De acordo com a Aprosoja, a segunda safra de milho apresenta ótimo potencial produtivo, beneficiada pelo volume de chuvas em abril, que favoreceu as lavouras nos estádios fenológicos entre V10 e R2.

Apesar disso, condições climáticas adversas também afetaram a produção. Em junho, geadas em diversas regiões atingiram 35 mil hectares, com perdas de 10% a 30% na produção dessas áreas. Já no final de julho, ventanias provocaram o tombamento de 14 mil hectares no centro e no sul do estado, com perdas estimadas entre 20% e 40%.

Conforme a Aprosoja/MS, o cultivo da segunda safra com milho tem perdido força no estado devido às condições climáticas adversas e ao alto custo de produção. Esses fatores aumentam o risco da atividade e têm levado os produtores a diversificar o cultivo na segunda safra.

Tanto é, que atualmente, o cereal ocupa apenas 46% da área destinada à soja no estado, uma redução expressiva em relação aos 75% que já chegou a representar em ciclos anteriores.

O coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, recomenda cautela com a projeção, apesar dos dados positivos. “A análise amostral realizada em 10% da área estimada já aponta um aumento expressivo na produtividade. É importante ressaltar, no entanto, que ainda é cedo para uma definição precisa. Restam 20% da área a serem amostrados, o que pode alterar esse panorama. E mais do que a produtividade em si, o que vai realmente determinar o sucesso da safra e os níveis de retorno para o produtor é a relação de troca”, explicou.

A colheita da safra de inverno começou no fim de maio e segue até este mês de setembro no estado.

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