Três filmes produzidos em Mato Grosso do Sul são o destaque do Cine Bloco K, em Brasília, nesta sexta-feira (30), entre eles o curta-documentário Beth e Betinha (2019), dirigido por Marineti Pinheiro, que retrata as princesinhas da fronteira.
Nesta sessão especial, a intenção é que promover uma reflexão sensível e potente sobre os limites que nos separam e os laços que nos unem. As fronteiras não são apenas linhas no mapa, mas territórios de trocas, desafios e ancestralidades compartilhadas.
Sendo assim, o cinema se torna uma ponte entre histórias, povos e tradições. A sessão, que começa às 12h, é aberta ao público e contará também com o curta + Forte, animação dirigida por Ara Martins, e Enterro, ficção dirigida por Andriolli Costa.
60 anos de história: Beth e Betinha é a primeira dupla feminina de MS
Beth e Betinha, com 18 minutos de duração, rememoram as histórias da primeira dupla feminina de Mato Grosso do Sul. Do sertanejo enraizado na fronteira com o Paraguai à trajetória de mais de 60 anos dedicados à música, o documentário resgata memórias afetivas e culturais da região.
A animação + Forte (2024), voltada ao público infantil, tem seis minutos de duração. A ideia para o curta surgiu após uma visita à aldeia indígena Paraguaçu, em Paranhos, na fronteira entre Brasil e Paraguai — uma região historicamente marcada por disputas territoriais e culturais, que guarda profundas memórias das interações entre indígenas, portugueses e espanhóis.
Já Enterro (2010) é inspirado na lenda dos tesouros enterrados no Paraguai (plata yvyguy). No filme, dois amigos partem em busca de um misterioso tesouro protegido por espíritos. No entanto, ao longo do caminho, a ambição pelo ouro começa a pôr em xeque a amizade entre eles.
O Cine Bloco K é realizado mensalmente no Ministério do Planejamento e Orçamento, em Brasília — pasta atualmente chefiada pela sul-mato-grossense Simone Tebet.
