Estado soma US$ 341 milhões a mais de janeiro a setembro de 2025 em relação ao mesmo período de 2024; crescimento supera todo o faturamento para a Indonésia no ano passado.
Anderson Viegas

Mato Grosso do Sul registrou um incremento de US$ 341 milhões nas exportações acumuladas entre janeiro e setembro de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com dados do ComexStat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), tabulados pelo Made in MS, a receita passou de US$ 7,83 bilhões em 2024 para US$ 8,17 bilhões em 2025, um crescimento de 4,35%.
Esse aumento é simbólico. Sozinho, o ncremento registrado neste ano já é maior que todas as exportações do estado para a Indonésia em 2024, que somaram US$ 282,4 milhões. O país asiático foi o quarto principal destino dos produtos sul-mato-grossenses no ano passado, o que dimensiona o crescimento registrado.
Top 10
No detalhamento por produto, o ranking das dez principais mercadorias exportadas pelo estado mostra mudanças em 2025.A celulose assumiu a liderança do ranking, desbancando a soja. A receita saltou de US$ 1,76 bilhão em 2024 para US$ 2,39 bilhões em 2025 (+35,2%), acompanhada por forte expansão no volume embarcado (+64,9%).
A soja em grão, que liderava no ano anterior, caiu para o segundo lugar. O faturamento recuou de US$ 2,72 bilhões para US$ 2,09 bilhões (-23,1%), e o volume exportado caiu (-15,8%).
Em terceiro lugar, a carne desossada de bovino congelada teve crescimento expressivo. A receita saltou de US$ 590,7 milhões para US$ 966,1 milhões (+63,5%), com aumento de 39% em volume, subindo da quarta para a terceira posição.
O açúcar teve um leve recuo e caiu de terceiro para quarto lugar, com retração de US$ 649,3 milhões para US$ 536,9 milhões (-17,3%) e queda de -7,8% em volume.Já a carne desossada fresca ou refrigerada subiu de sexto para quinto lugar. A receita avançou 14,2%, passando de US$ 287,9 milhões para US$ 328,8 milhões, enquanto o volume caiu ligeiramente (-1,5%).
O minério de ferro registrou forte crescimento, saltando do sétimo para o sexto lugar, com faturamento de US$ 220,6 milhões em 2024 para US$ 324,0 milhões em 2025 (+46,9%) e mais que dobrando o volume embarcado (+123,3%).
O milho em grão avançou de décimo para sétimo no ranking. A receita subiu de US$ 176,3 milhões para US$ 253,2 milhões (+43,6%), acompanhada por expansão de 56,2% em volume
.Já os bagaços e resíduos da extração do óleo de soja perderam força. Caíram de quinto para oitavo, com receita reduzida em -43,5% (de US$ 320,9 milhões para US$ 181,5 milhões) e volume em queda de -29,8%.
As farinhas e pellets de soja também recuaram, passando de oitavo para nono lugar. O faturamento caiu -30,2%, de US$ 219,4 milhões para US$ 153,2 milhões, com redução de -11,2% em volume.
A novidade no top 10 foi o ferro gusa, que entrou diretamente na décima posição em 2025, com US$ 92,8 milhões exportados e 234,7 milhões de kg embarcados.
Em contrapartida, o frango (pedaços e miudezas congelados), que ocupava a nona posição em 2024, deixou de figurar no top 10 das exportações do estado no acumulado destes nove meses de 2025.