Estudo realizado com a ferramenta Mosaic revela quatro perfis de jovens trabalhadores que priorizam educação, estabilidade e aspirações tecnológicas.
Da Redação
A Serasa Experian divulgou nesta terça-feira (2) um estudo que traça o perfil dos jovens brasileiros das classes D e E que ingressam no mercado de trabalho. O levantamento, realizado com a solução de inteligência de dados Mosaic, revela que essa geração está fortemente conectada ao ambiente digital, mantém disciplina no uso do crédito e valoriza a qualificação pessoal e profissional. Os dados foram apurados em todas as regiões do país, contemplando capitais, regiões metropolitanas e municípios do interior e do litoral.
De acordo com a CMO da Serasa Experian, Giovana Giroto, a pesquisa evidencia um Brasil ainda pouco explorado pelas marcas, mas que representa um mercado em ascensão. “A inteligência do Mosaic nos permite enxergar um Brasil que muitas vezes não está nos radares das marcas, mas que representa um potencial real e inspirador de consumo consciente, digital e em crescimento. Esses jovens demonstram organização, aspiram crescimento e estão construindo sua trajetória de forma consistente”, afirmou.
O estudo identificou quatro grupos principais dentro da categoria “Jovens Profissionais e Conectados”. O primeiro, denominado Início da Vida Adulta, é formado por trabalhadores em áreas como comércio, agroflorestal e serviços. Apesar do score de crédito mais baixo, 86% deles não possuem dívidas vencidas. Utilizam o celular como ferramenta de ascensão, priorizam itens essenciais e têm pouca mobilidade geográfica.
Já o perfil Jovens Assalariados reúne trabalhadores do setor administrativo e de varejo. Com 67% adimplentes, esse grupo investe em dispositivos de maior valor, como smartphones, e recorre frequentemente a aplicativos de capacitação, tecnologia e oportunidades profissionais. O consumo digital e os pagamentos parcelados são práticas comuns.
Na Nova Geração de Trabalhadores estão assalariados, pequenos produtores e comerciantes. Eles apresentam organização financeira, com 62% de adimplência, e utilizam aplicativos de educação, busca de emprego e soluções voltadas ao microempreendedor individual. Demonstram interesse por dispositivos eletrônicos e pela expansão de renda.
O último grupo, denominado Consciência Financeira na Juventude, é formado por microempreendedores, servidores públicos e profissionais administrativos. Com 59% sem dívidas vencidas, investem em educação e programas de microcrédito, além de responderem bem a iniciativas de educação financeira.
Segundo Giovana, conhecer melhor esse perfil de jovens é estratégico para empresas que buscam ampliar conexões reais com consumidores que já demonstram maturidade em suas escolhas. “Estamos falando de consumidores que planejam, priorizam e demonstram uma relação madura com o crédito e o consumo digital”, reforçou.
