04/09/2025 10:57

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Fraudes com biometria facial crescem 28,3% e já somam mais de 2,3 milhões de tentativas evitadas no país

Dados da Serasa Experian mostram que criminosos utilizam imagens coletadas em redes sociais e mensagens privadas para aplicar golpes sofisticados entre janeiro e maio de 2025.

Da Redação

Tecnologias de verificação biométrica têm evitado milhões de fraudes, mas também se tornaram alvo dos criminosos.(Foto: Freepik)

A Serasa Experian evitou 2.384.340 tentativas de fraude com o uso de biometria facial e documentos pessoais entre janeiro e maio de 2025. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (25) pela empresa, que é a maior datatech do Brasil. O volume representa um aumento de 28,3% em relação ao mesmo período do ano anterior e corresponde a uma média de 11 tentativas por minuto.

Segundo o diretor de autenticação e prevenção à fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, os criminosos têm se aproveitado da confiança dos usuários em tecnologias legítimas para enganar vítimas. “A partir de selfies e imagens de documentos pessoais, muitas vezes coletadas diretamente de redes sociais ou mensagens privadas, criminosos se passam por outras pessoas e conseguem liberar empréstimos, abrir contas bancárias ou contratar serviços financeiros sem o conhecimento da vítima”, afirmou ele. Rocha alertou que fotos e documentos devem ser protegidos como uma senha.

Os dados fazem parte do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian e mostram que as abordagens usadas pelos golpistas variam entre sites falsos, links maliciosos e QR codes que acionam a câmera do celular da vítima. A biometria coletada de forma fraudulenta é então usada junto com dados vazados para burlar processos de autenticação em serviços financeiros.

Para se proteger, a Serasa recomenda que consumidores evitem enviar fotos do rosto ou gravações de voz por mensagens, redes sociais ou e-mail, não permitam que escaneiem seus documentos sem motivo legítimo, desconfiem de pedidos inesperados de atualização cadastral e utilizem autenticação em dois fatores sempre que possível. É fundamental ainda manter o sistema do celular atualizado e cadastrar biometria apenas em sites e aplicativos oficiais.

As empresas também devem redobrar a atenção, adotando medidas como autenticação em camadas, verificação de vivacidade (liveness) e o uso de inteligência artificial para identificar alterações em documentos digitais. Rocha destacou que é essencial identificar comportamentos suspeitos logo no primeiro contato. “Imagine que a captura biométrica foi realizada em um celular que nunca havia sido associado àquela pessoa, e a primeira ação foi solicitar um empréstimo. Suspeito, não é? Esse tipo de análise de contexto é indispensável para bloquear fraudes antes que elas se concretizem”, afirmou ele.

A Serasa orienta ainda que empresas acompanhem os principais indicadores da biometria facial, eduquem seus colaboradores e clientes sobre riscos e invistam em tecnologias seguras e acessíveis, sem comprometer a experiência do usuário. “A segurança digital não é mais opcional. A conscientização sobre os riscos da exposição biométrica é o primeiro passo para evitar prejuízos e preservar sua identidade”, concluiu Rocha.

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