11/12/2025 11:07

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Especialistas em meio ambiente de todo o Brasil conhecem práticas sustentáveis da Águas Guariroba em Campo Grande

Cerca de 70 especialistas em meio ambiente de diversas regiões do país estiveram em Campo Grande para conhecer de perto as práticas sustentáveis desenvolvidas pela Águas Guariroba e por outras concessionárias do grupo Aegea, durante o 3º Encontro Nacional de Qualidade Ambiental (ENQA 2025), realizado nos dias 4 e 5 de dezembro, na capital sul-mato-grossense. 

Promovido pela Aegea e sediado pela Águas Guariroba, o evento reuniu dois dias de debates técnicos, apresentações e atividades de campo, com foco em gestão ambiental integrada, inovação, preservação de recursos naturais e cases ESG do saneamento nacional. 

Campo Grande em evidência pela agenda ambiental

Na abertura do encontro, o diretor-presidente da Águas Guariroba e da Ambiental MS Pantanal, Gabriel Buim, ressaltou que o meio ambiente está no centro da atuação do saneamento, ao lembrar que, além de levar água tratada e coletar esgoto, o setor tem a responsabilidade de proteger todo o ciclo da água e os mananciais que abastecem as cidades. 

Durante a programação, os participantes conheceram iniciativas ambientais que se tornaram referência em Campo Grande, como o Viveiro Isaac de Oliveira – responsável pela produção de mudas nativas para ações de reflorestamento na capital e no interior –, o programa Córrego Limpo, focado na preservação de cursos d’água urbanos, projetos de neutralização de carbono e o PRADA (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas) da captação Lageado, que recupera áreas sensíveis e protege o córrego que ajuda a abastecer a cidade. 

Na manhã do segundo dia, as equipes fizeram visitas de campo ao Viveiro Isaac de Oliveira e ao PRADA da captação Lageado, acompanhando de perto o processo de produção de mudas, o reflorestamento, a proteção de nascentes e o manejo sustentável que reforçam a segurança hídrica de Campo Grande.  

Troca de experiências e desafios comuns

Para Fernando Garayo, gerente de Meio Ambiente da Águas Guariroba, receber equipes de várias unidades da Aegea na capital amplia a visão estratégica da companhia e fortalece a cultura de sustentabilidade no saneamento: o encontro permitiu, além de debater tendências e desafios ambientais, mostrar como Campo Grande vem avançando em pautas alinhadas às grandes discussões nacionais e internacionais, incluindo aquelas que serão levadas para a COP30.  

A programação também contou com a participação de Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea e ex-presidente do Instituto Trata Brasil, que trouxe uma visão nacional sobre saneamento e ESG.  

Ao longo do evento, representantes de diferentes estados compartilharam experiências e falaram sobre desafios e projetos em andamento. Para Fernanda Cenci, gerente de Meio Ambiente da Corsan, no Rio Grande do Sul, a tecnologia e a gestão de dados são peças-chave para avançar: “Na Corsan temos uma realidade de mais de 1000 ativos, que a gente tem licença entre licenças e outorgas. E um dos desafios que a gente tem desde a privatização do grupo é conseguir fazer a gestão desses resíduos de forma automatizada, conseguir ter informação em tempo real e também fazer uma boa gestão de relatórios desses dados.” 

Ela explica que a companhia prepara, para 2025, a implantação de uma plataforma inteligente para integrar a gestão de resíduos. “Como projeto para 2025, a gente está implantando uma nova tecnologia, uma plataforma inteligente, um software, pra justamente conseguir fazer essa integração, essa gestão dos nossos resíduos. Conseguir dar visibilidade dentro do nosso estado e a nossa expectativa pra 2026 é que isso seja divulgado. É um projeto piloto dentro da Aegea, puxado pela Corsan, e que isso seja amplamente divulgado e espelhado para as demais unidades de negócio do grupo.” 

Rafaela Seríaco Dutra, analista ambiental da Águas de Governador Valadares, em Minas Gerais, destacou que o foco da unidade é cumprir as metas contratuais com responsabilidade socioambiental. “Em 2025, o maior desafio nosso foi tentar alcançar todos os indicadores que o próprio contrato de concessão coloca para a unidade atingir. Para 2026 a gente pretende continuar atingindo as nossas metas do contrato e levar parte da sustentabilidade e Meio Ambiente para a unidade”, aponta. 

Para Manuela Lurdes Pinto E Silva Forbes, especialista de Sustentabilidade da Aegea, o momento é de reposicionar a área para o futuro. “Um bom desafio foi começar a pensar como será a área de Sustentabilidade daqui para frente. Estamos reestruturando a estratégia. Agora estamos redesenhando o que queremos entregar nos próximos anos. A minha perspectiva para o ano que vem é que a gente tenha uma área consolidada, com um time maior e mostremos qual o valor da sustentabilidade para o negócio”, considera. 

Já Rafaela do Amarante Carneiro, analista ambiental de EHS, reforçou o papel das diretrizes corporativas e dos sistemas de gestão integrados. “Como EHS, vemos várias regulamentações, as novas demandas que estão vindo do mercado de negócios. Apoiar com o sistema de gestão ambiental consolidado nas unidades de negócios, que a gente consiga apoiar com os nossos reportes oficiais, com as nossas políticas ambientais e criar um sistema consolidado, unificado e que traga em todas as unidades uma visão padronizada para que a gente consiga transmitir nossas informações da maneira mais transparente possível.” 

Casos de sucesso mostram impacto direto na vida da população

Além das práticas de Campo Grande, o ENQA trouxe para o centro das discussões casos de sucesso de outras regiões, evidenciando como ações ambientais transformam realidades locais.

Ítalo de Souza, diretor-executivo de Gestão de Ativos, apresentou o case da Águas de Jauru, em Mato Grosso, que passou por forte estiagem nos anos de 2020 e 2021.“Os mananciais começaram a secar e o déficit hídrico aconteceu. A única solução foi buscar água em outro local, visto que a perfuração de poços e outros mananciais próximos não tinham capacidade suficiente de suprir a demanda da população.” 

A alternativa encontrada foi investir na recuperação do manancial, em parceria com a WWF.

“A parceria junto com a WWF foi a ação executada, realizando a recuperação do manancial em questão. Foi feita a recuperação de 10 hectares na nascente dessa bacia, que ajudou a fazer a recuperação da disponibilidade hídrica em todo o período de seca. O sucesso foi tão grande que, no ano seguinte à implementação, saímos de custos 30x mais elevados com caminhão-pipa e chegamos a zero caminhões para a operação”, contou. 

Segundo ele, o resultado comprova que investimentos corretos em bacias e mananciais, com recuperação de vegetação, evitam que a população sofra com a estiagem.

Outro destaque foi o case apresentado por Caroline Lopes Santos, gerente de Meio Ambiente em Águas do Rio, sobre a recuperação da praia do Flamengo, na Baía de Guanabara (RJ). “A baía de Guanabara é um grande patrimônio histórico no estado do Rio de Janeiro e por anos ela sofreu com a poluição vinculada ao despejo irregular de esgoto. E hoje nós trouxemos um pouco de como o saneamento é capaz de transformar essa realidade.” 

Quando a concessão começou, em 2021, a praia tinha uma média histórica de balneabilidade inferior a 12%. “Hoje, no ano de 2025, estamos acumulando uma média histórica de 89%. Em 89% do ano a população pode desfrutar dessa praia. Com essa alteração que a Águas do Rio criou, a praia, que antes era chamada de brejo, hoje está carinhosamente conhecida como ‘Caribrejo’. E passou a ser o segundo ponto turístico mais visitado no Rio de Janeiro, perdendo só para Copacabana.” 

Legado ambiental e visão de futuro

Ao final do encontro, os participantes destacaram a importância de vivenciar na prática as ações ambientais desenvolvidas em Campo Grande. Em depoimentos registrados pela organização, muitos ressaltaram o simbolismo de plantar árvores, conhecer projetos de recuperação de áreas degradadas e discutir, de forma integrada, os desafios do saneamento e da sustentabilidade. 

A realização do ENQA 2025 em Campo Grande reforça o compromisso da Águas Guariroba e da Aegea com a inovação, a proteção dos recursos naturais e a construção de cidades mais resilientes. Mais do que apresentar projetos, o encontro mostrou que as práticas sustentáveis já fazem parte do dia a dia da operação e inspiram soluções em todo o país – exatamente o que os especialistas em meio ambiente vieram buscar ao conhecer, de perto, a experiência da concessionária na capital sul-mato-grossense.

Em Mato Grosso do Sul, a Aegea é representada pela Águas Guariroba, responsável pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário de Campo Grande, e pela Ambiental MS Pantanal, parceira da Sanesul e do Governo do Estado na PPP (Parceria Público Privada) que trata o esgoto de 68 municípios do interior. 

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