05/10/2025 19:06

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Empresária, colunista, investidora e mais nova jurada do Shark Tank: Monique Evelle inspirou no Empreende Fest 2025, em Campo Grande

Sete dias e cinco cidades diferentes. É nesta rotina insana que Monique Evelle – já apresentada no título da matéria – conta sobre a sua trajetória de sucesso. Entre as inúmeras funções que carrega, ainda atua como mentora e faz palestras pelo país. Desta vez, um dos destaques do Empreende Fest 2025, conversou com o público de Campo Grande e se permitiu ir além: escolhe Mato Grosso do Sul para ser “vulnerável em voz alta pela primeira vez”, como ela mesmo disse.

“Depois de 10 anos tentando, quase desistindo, será que eu vou desistir agora? Não, vou continuar. Todo mundo tem isso, esses momentos. Ontem eu estava assim, com isso na cabeça, mas, já estou aqui, estou bem. Só que acontece. E às vezes a gente sobe no palco só para falar da parte boa…porém, a realidade é que a gente não quer ser vulnerável em público ou em voz alta. E eu escolhi o Mato Grosso do Sul para ser vulnerável, em voz alta, pela primeira vez, então, muito obrigada, espero que vocês entendam este momento”, inciou Monique.

Focada em seus objetivos desde os 16 anos, Monique diz que “a gente acredita que vai mudar o mundo”. “E a gente consegue, de certa forma, nosso microcosmo no planeta, mas no meu território a gente consegue. Mas existe uma grande diferença entre o que deve ser feito e o que é legal fazer. Até porque, quando a gente fala, deixa eu voltar aqui, o que é legal fazer, na minha época, da toda nossa fase, na minha época, não tinha TikTok não, gente, não tinha Instagram, o Facebook estava começando e a gente não sabia se entrava no Facebook ou não, se largava o Orkut ou não largava, então o online foi depois, mas o negócio tinha que existir, independente do online E ali eu entendi uma coisa, com todos os erros, um dia de tarde, o que deve ser feito na empresa e o que é legal fazer”, explicou.

Segundo a palestrante, o que é legal fazer é ficar acreditando que tem que ir para todos os eventos, ficar só ouvindo e não fazer nada no dia seguinte. É fácil. Tem gente que saiu de Dourados, 200 km, então não vale só ouvir. Honre a distância que você tem, que está aqui no evento e coloca em prática amanhã. Essa é a diferença do que é legal fazer e o que deve ser feito. E às vezes a gente não entende, acha que o legal é só ficar postando. Não. Aí quando a pessoa vem você não tem o que entregar. Você não tem estoque, você não tem produto, você não consegue vender. Simples assim”, ressaltou.

Monique ainda explanou que existe uma grande diferença entre “criar e consertar”. “Quanto tempo do negócio de vocês, vocês passam consertando ou apagando incêndio? Muitas horas, né? Não tem tempo pra criar. Mesmo agora, com inteligência artificial, nem isso consegue. É uma realidade. Tem diferença. Às vezes, algumas empresas me chamam assim: ‘Ô Monique, eu preciso da sua ajuda como consultora pra resolver esse B.O. Eu não trabalho assim. Porque quando a gente não escolhe o cliente, o cliente escolhe a gente. Vocês sabem disso, né?”, argumentou.

A palestrante ainda deu exemplos, mostrando a diferença entre persistência e teimosia. “É aí que foi minha virada também. E é isso que acontece com a gente, com nossos negócios, temos vários sinais e evidências que existem em outros caminhos, mas a gente já dedicou tanto tempo, energia, dinheiro que não tem. E a gente não quer mudar a rota, e aí não tem resultado, aí quando não tem resultado fica assim. O mundo não entende, agora a IA vai substituir tudo. Autocrítica, às vezes a gente não entende, sempre é o outro, autocrítica, auto-responsabilidade precisamos ter também. E eu entendi no meio do caminho, fazendo retrospectiva dos meus erros”, comentou.

Evelle ainda falou sobre talentos que precisam ser treinados, métodos, técnicas, bagagem e repertório. “Este último é o que faz a gente ter a intuição afiada…então você, que tem um pequeno negócio, cada pessoa que tem um pequeno e médio negócio, sustenta esse país. Não esqueça disso. Se a gente parar, o país quebra”, opinou.

A palestrante ainda falou sobre clareza necessária ao oferecer o seu produto ao cliente, brincando que tem gente que “adora fazer uma firula”. “Tem momentos em que a gente esquece da simplicidade, para a pessoa se identificar rápido”, comentou, ainda falando sobre a rede social Ubuntu e suas intenções com este projeto e outros que surgiram em sua carreira.

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