05/11/2025 08:08

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Douradense de sete anos ganha novo rim após longa espera e viagem até Minas Gerais: ‘Lutamos por este momento’

No Mês das Crianças, João Guilherme Morales dos Santos, de 7 anos, paciente em tratamento renal desde os dois anos de idade, recebeu um novo rim, marcando o início de uma nova etapa de vida para ele e sua família.

O garoto estava internado no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS/Ebserh), quando a compatibilidade foi confirmada.

O momento foi descrito pela mãe, Gilmara Machado, como um “verdadeiro presente de Dia das Crianças”, marcado por anos de tratamento e de expectativa por uma nova chance de vida.

De Dourados, na região sul do estado, o transplante seria realizado na Santa Casa de Belo Horizonte (MG). Como a mãe está em fase avançada de gestação, a avó materna, Sirlene Morales, assumiu a missão de acompanhá-lo na viagem.

O percurso, no entanto, foi repleto de desafios: o voo partindo de Campo Grande atrasou e a conexão em Guarulhos havia saído antes da chegada dos dois. Mesmo assim, com todos os imprevistos, avó e neto conseguiram um novo embarque e chegaram a tempo para o procedimento.

“Foi muita emoção, tudo ao mesmo tempo: felicidade, preocupação, alegria. Lutamos anos por esse momento. Fiquei muito grata por saber que minha mãe estava lá com ele, garantindo que o João estivesse seguro e acolhido. Foram longas horas de ansiedade até termos a certeza de que a cirurgia e o rim novo estavam bem”, contou Gilmara.

O transplante foi realizado em 22 de outubro, por volta das 20h e foi considerado um sucesso. Atualmente, João se recupera bem, com o novo rim funcionando adequadamente e em bom estado geral de saúde.

Uma história de luta desde os primeiros meses de vida

João nasceu no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) e, desde cedo, enfrentou grandes desafios. Durante a gestação, os exames já indicavam alterações renais, mas, após o nascimento, os primeiros diagnósticos não identificaram problemas.

Com dois meses de vida, o menino precisou ser internado na UTI e foi diagnosticado com válvula de uretra posterior, uma obstrução que dificultava a passagem normal da urina e acabou comprometendo seus rins, bexiga e vias urinárias.

Aos três meses passou por cirurgia de correção, mas sem melhora significativa. A partir daí, iniciou tratamento contínuo: primeiro com medicamentos, depois com diálise peritoneal e, por fim, hemodiálise. O acompanhamento especializado aconteceu no Humap. 

Para Gilmara, o hospital é sinônimo de acolhimento. “Além de ótimos médicos, há enfermeiras maravilhosas que cuidaram não só dos pacientes, mas também dos acompanhantes. Agradeço, em especial, a nefrologista Flávia, que desde o início nos acolheu em todas as formas possíveis”, destacou a mãe.

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