13/07/2025 14:19

Dia Nacional do Imigrante: MS já encaminhou mais de 130 estrangeiros ao mercado formal

“Meu sonho é poder trabalhar e ajudar minha família.” Em poucas palavras, o venezuelano Michel Tomaz Salazar Mujica, de 41 anos, resume a esperança de recomeçar a vida no Brasil. Há apenas cinco meses em Mato Grosso do Sul, Michel procurou a Sala do Migrante para denunciar a exploração de mão de obra por uma empresa que se recusava a pagar seus honorários. Em vez de desistir, ele encontrou acolhimento e apoio para reconstruir sua trajetória.

Nesta quarta-feira (25), Dia Nacional do Imigrante, o Made In MS fala de casos como o de Michel, que chegam diariamente à Sala do Migrante, projeto idealizado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul e inaugurado em fevereiro de 2025.

Em apenas quatro meses, a iniciativa já acolheu 342 migrantes, orientou sobre direitos e documentações, e encaminhou 137 deles para o mercado de trabalho formal.

“O Brasil é terra de recomeços. Aqui, trabalhamos para garantir que todo ser humano tenha acesso à dignidade e à justiça, independentemente da sua origem. A Sala do Migrante representa esse compromisso em sua forma mais concreta: é onde histórias de sofrimento se transformam em trajetórias de superação”, afirma o superintendente regional do Trabalho, Alexandre Cantero.

(Sala do Migrante/Divulgação)

Apenas em maio, 126 migrantes foram atendidos, com 63 sendo encaminhados para vagas de emprego. Entre eles, Robert Cipriano Perdomo Sucre de 42 anos, que mesmo vivendo no Brasil há seis anos, só conseguiu agora regularizar sua documentação por meio do projeto.

“Estive em Manaus por muito tempo, depois trabalhei ilegalmente em garimpos. Foi aqui que finalmente consegui fazer minha carteira de trabalho”, relata.

Migrantes de mais de nove nacionalidades já passaram pela Sala, entre elas estão: Angola, Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, Haiti, Paraguai, Peru e Venezuela. O atendimento é feito por quem conhece de perto a realidade de migrar: Mirtha Carpio, presidente da Associação Venezuelana, e Junel Ilora, da Associação Haitiana, são os primeiros a acolher os recém-chegados.

“Eu sei o que é chegar a um país diferente, sem saber onde ir ou a quem pedir ajuda. Hoje, poder orientar outras pessoas é uma missão que me enche de orgulho. Quando alguém consegue um emprego ou regulariza seus documentos, a vitória é de todos nós”, relata Mirtha.

Além do acolhimento humanizado, a Sala do Migrante oferece serviços como:
• Assessoria para autorização de residência;
• Agendamento na Polícia Federal para emissão de CRNM;
• Encaminhamentos à Defensoria Pública da União;
• Orientações sobre o acesso a serviços públicos como SUS, LOAS e matrícula escolar (SEMED);
• Emissão de documentos como CPF, carteira de trabalho e visto;
• Encaminhamentos para entrevistas de emprego e apoio à reunião familiar.

Em números, os resultados de maio:
• 74 processos de regularização migratória iniciados;
• 75 agendamentos na Polícia Federal;
• Mais de 500 serviços realizados;
• 66 orientações sobre acesso a políticas públicas;
• 63 mediações com empresas para inserção no mercado de trabalho.

O projeto é viabilizado por meio da articulação entre o poder público, a academia e o setor produtivo, com apoio da FIEMS (Federação das Indústrias de MS), SICADEMS (Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de MS) e UEMS Acolhe (Universidade Estadual de MS).

Serviço:
📍 Sala do Migrante – Superintendência Regional do Trabalho
📌 Endereço: Rua 13 de Maio, 3.214 – Centro, Campo Grande-MS
📞 Telefone: / 3901-3014 AGENDAMENTO WhatsApp 67 99659-4743
🕗 Atendimento: Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h

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