20/11/2025 11:07

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COP30 impulsiona práticas sustentáveis e abre oportunidades para pequenos negócios

Sebrae/MS leva loja colaborativa e debates sobre metas climáticas na economia nacional.

Da Redação

Analista-técnico do Sebrae/MS e gestor de sustentabilidade, Vitor Faria, mediou o painel “Os pequenos negócios nas NDC’s” na COP30 (Foto: Sebrae/MS/Divulgação).

A atuação do Sebrae/MS na COP30, realizada em Belém (PA), fortalece a agenda de sustentabilidade ao mostrar como micro e pequenas empresas podem contribuir para as metas climáticas do Brasil. Nesta segunda-feira (17), a instituição promoveu diálogos, apresentou ferramentas e destacou iniciativas voltadas ao avanço de práticas ambientais, com foco em biomas como Pantanal e Cerrado, presentes em Mato Grosso do Sul.

A participação incluiu o painel “Os pequenos negócios nas NDC’s”, mediado pelo analista-técnico do Sebrae/MS e gestor de sustentabilidade, Vitor Faria, além da integração à loja colaborativa Brasil BioMarket, que reúne mais de 1,5 mil produtos artesanais com o selo Made in Pantanal.Para ampliar a visibilidade dos artesãos do Estado, o Sebrae montou a loja colaborativa disponibilizada durante todos os dias do evento. Ao mesmo tempo, representantes da instituição participam de painéis sobre sustentabilidade e debatem a posição dos pequenos negócios na descarbonização e nos setores estratégicos da economia.

No painel desta segunda-feira, que contou com representantes do ITC, BID e da PayGas Holding, Vitor Faria afirmou que a COP30 reforça a necessidade de transformar discussões em ações. Ele destacou que os biomas além da Amazônia também precisam estar integrados ao debate climático e que as iniciativas devem chegar aos municípios e pequenos empreendimentos. Segundo ele, o Sebrae criou ferramentas que ampliam a capilaridade das ações ambientais.

Entre essas ferramentas está a Plataforma Empreender Clima, lançada pelo Sebrae, em parceria com o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, a Organização de Estados Ibero-americanos e apoio do BNDES. Disponibilizada nessa segunda-feira, a plataforma funciona como um hub digital que oferece acesso ao crédito verde, cursos gratuitos, trilhas de aprendizagem, mapa do ecossistema climático e catálogo de financiamentos sustentáveis. O recurso auxilia empreendedores na elaboração de projetos alinhados às regras do Fundo Clima, com taxas entre 4% e 10% ao ano, e está disponível para todo o Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul, no site empreenderclima.org.br.

O Sebrae/MS também levou à COP30 a estratégia utilizada no Estado para inserir municípios e negócios na agenda climática: o Roadmap Território Carbono Neutro. A metodologia avalia o grau de maturidade das cidades em práticas sustentáveis e apoia a gestão pública na criação de políticas ambientais, além de facilitar o acesso a financiamentos. A iniciativa é conduzida em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do Pró-Desenvolve. Até agora, 70 municípios já foram avaliados e 56 contam com agendas locais estruturadas.

O Roadmap baseia-se em seis eixos avaliativos: mudanças climáticas, gestão do território, capacidade administrativa, capacidade financeira, governança e ambiente de negócios. A partir dessa análise, as cidades recebem notas de “A” a “E” e uma lista de ações prioritárias que orientam a evolução da agenda climática, com impacto tanto para a administração pública quanto para os negócios locais. Entre os municípios já avaliados está a capital sul-mato-grossense. A diretora-executiva da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Mariana Massud, acompanhou a programação na COP30 e explicou que Campo Grande trabalha para avançar no plano de ação climática. Ela destacou que o município está revisando o inventário de emissões de gases e pretende publicar os novos instrumentos no próximo ano.

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