Evento reuniu ouvidores de empresas de 23 estados em Campo Grande e destacou o papel estratégico da escuta da população na prestação de serviços públicos.
Da Redação

A Ambiental MS Pantanal marcou presença no 3º Encontro Nacional de Ouvidores de Saneamento, realizado nesta quinta-feira (25), em Campo Grande. Com representantes de empresas de 23 estados, o evento debateu os desafios atuais do setor de saneamento básico, com foco na inovação tecnológica, nos impactos das mudanças climáticas e no fortalecimento das ouvidorias como elo com a população.
Na abertura oficial, o diretor executivo da Ambiental MS Pantanal, Clayton Marcos Bezerra, destacou a importância do evento para o avanço do setor. “Para nós, é uma grande satisfação apoiar este 3º Encontro de Ouvidores. Eventos como este, que abordam temas essenciais como inovação tecnológica e mudanças climáticas, são fundamentais para aprimorar a prestação de serviços e fortalecer nossa relação com a sociedade, promovendo mais qualidade de vida, sustentabilidade e saúde para todos”, afirmou Bezerra.
Responsável pela operação dos serviços de esgotamento sanitário em 68 municípios de Mato Grosso do Sul, por meio de uma Parceria Público-Privada com a Sanesul, a Ambiental MS Pantanal tem apostado no aprimoramento da escuta da população como estratégia para garantir transparência, resolutividade e melhorias no atendimento.
Um dos destaques da programação foi a palestra magna da jornalista e ambientalista Rosana Jatobá, que tratou da integração das práticas de ESG (ambientais, sociais e de governança) às políticas públicas e à agenda do saneamento. Em sua apresentação, ela alertou para a exclusão sanitária no país e os efeitos das mudanças climáticas. “Hoje, 90 milhões de brasileiros ainda vivem sem acesso à coleta de esgoto e 35 milhões não têm acesso à água potável”, afirmou.
Jatobá também ressaltou a urgência de se considerar os impactos ambientais na formulação das políticas do setor. “Estamos enfrentando secas, enchentes, aumento da poluição e outros efeitos cada vez mais visíveis das mudanças climáticas. O saneamento precisa estar no centro da resposta a esses desafios”, pontuou.
O encontro teve ainda a presença de autoridades do setor, como o presidente da Sanesul, Renato Marcílio, o vice-governador de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, o presidente da Associação Brasileira de Empresas Estaduais de Saneamento (AESBE), Munir Abud, o coordenador da Câmara Técnica de Ouvidoria da AESBE, Eduardo Romulado Soares, e a ouvidora da Sanesul, Jaqueline Matto Grosso.
Promovido pela AESBE, com a Sanesul como anfitriã, o encontro reafirmou o compromisso do setor com a universalização do saneamento até 2033, aliando soluções tecnológicas, escuta ativa da população e ações integradas frente aos desafios ambientais.