12/07/2025 14:41

Campeonato Estadual Sub-13 entra para a história do futebol de MS como vitrine de novos talentos

A edição 2025 do Campeonato Estadual Sub-13 entrou para a história do futebol sul-mato-grossense como um divisor de águas na formação de novos talentos. Mais do que gols e títulos, a competição evidenciou a evolução dos clubes, o comprometimento das famílias e o apoio firme da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), consolidando o Sub-13 como uma vitrine de projetos sérios e estruturados.

O presidente da FFMS, Estevão Petrallas, destacou o sucesso do torneio e o impacto transformador nas categorias de base. “Este torneio Sub-13 foi um marco para nosso futebol. Vimos um nível técnico elevado, organização impecável e, o mais importante, a consolidação de projetos sérios de formação de atletas”, afirmou.

Ele também enalteceu os avanços estruturais, como o apoio psicológico aos jovens e a padronização profissional em todas as etapas da competição. “Pela primeira vez, implementamos um padrão profissional desde a arbitragem até o acompanhamento técnico. Os clubes entenderam que a base é o alicerce para o futuro”, disse Petrallas, que também anunciou a expansão do torneio em 2026 com inclusão de mais municípios e um sistema de monitoramento contínuo dos atletas.

‘Náutico de Mato Grosso do Sul rouba cena’

Entre os clubes que se destacaram, o Náutico de Mato Grosso do Sul roubou a cena. Após empatar sem gols com o tradicional Operário no tempo regulamentar, o clube alviverde levou a melhor nos pênaltis, vencendo por 5 a 4 e conquistando o título estadual Sub-13. O presidente do clube, Júlio César, não escondeu o orgulho pelo resultado e pelo trabalho que vem sendo realizado. “Essa vitória em cima do Operário, que tem esse manto pesado, é muito importante para nós. Hoje, a referência do futebol de Mato Grosso do Sul é o Náutico”, declarou.

Júlio também reforçou a seriedade do projeto de base. “Nosso trabalho é direcionar esses atletas para grandes clubes no futuro. A final é o momento de mostrar o que foi aprendido. Trabalhamos os aspectos técnicos, psicológicos e emocionais, porque o futebol mudou, e nos preparamos para isso”, destacou.

O presidente aproveitou para elogiar a organização do torneio e a estrutura fornecida pela federação. “Antes, usávamos os pais como gandulas, e a emoção atrapalhava. Agora, o processo está mais profissional. Parabéns à federação pela estrutura. Se Deus quiser, o Sub-15 e Sub-17 serão ainda melhores”, disse, confiante no futuro.

Quem também falou foi Estevão Petrallas, presidente da FFMS, que reconheceu o crescimento do clube alviverde. “O Náutico tem escrito uma nova história. Não estão apenas competindo, estão construindo uma identidade forte nas categorias de base. Hoje, são referência”, afirmou. Segundo ele, o investimento em estrutura, metodologia e psicologia esportiva fez do Náutico um exemplo de como elevar o nível do futebol local.

‘Operário sai de campo com a cabeça erguida’, comenta presidente

(Foto: Rodrigo Moreira/FFMS)

Se a festa era do Náutico, o Operário saiu de campo com a cabeça erguida. O presidente do clube, coronel Nelson, demonstrou grandeza ao comentar o vice-campeonato.

“O segundo lugar é sempre dolorido, mas também é gratificante. A vida não é feita só de vitórias. Eles precisam saber reconhecer quando o adversário foi melhor”, disse.

Nelson agradeceu a dedicação dos atletas e da comissão técnica, reforçando a confiança no grupo. “Tenho certeza de que esse grupo ainda vai nos dar muitas alegrias. Essa derrota é um passo na escada do crescimento. O Operário segue firme”, concluiu.

A emoção do Sub-13 não ficou apenas dentro das quatro linhas. Na arquibancada, pais e mães viveram momentos intensos, como relatou Arthur da Silva, pai do camisa 10 do Náutico, Isaque Daniel. “Ver meu filho levantar essa taça é indescritível! Abençoei a bola antes do jogo, e Deus ouviu. Passar por cima de um gigante como o Operário? É adrenalina pura! O coração de pai não aguenta”, desabafou, tomado de emoção.

Do lado operariano, a mãe Raiane Chuque, mãe do zagueiro Mateus “Alemão”, enxugava as lágrimas com palavras de coragem. “Levei meu filho no corre do dia a dia, vi ele se dedicar como guerreiro… Não foi nosso dia, mas o aprendizado fica. Cada jogo, cada luta e isso ninguém tira deles. O futebol continua, e nós não vamos parar”, encerrou.

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