04/11/2025 17:07

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Mato Grosso do Sul avança na ciência e na formação de pesquisadores com investimentos estratégicos

(Fundect/Divulgação)

O ano de 2025 marca a consolidação da política de fomento à ciência e à formação de pesquisadores em Mato Grosso do Sul. Com a gestão realizada pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect), pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e Governo do Estado, foram alcançados recordes de investimento e resultados expressivos na produção científica e na qualificação de recursos humanos.

Em 2024, os valores executados chegaram a R$ 74 milhões aplicados em projetos de pesquisa, bolsas e programas estratégicos, beneficiando mais de 400 iniciativas em diversas áreas do conhecimento. Já em 2025, a previsão orçamentária chegou a R$ 78 milhões, ampliando o escopo de beneficiados. 

“Com a ampliação dos investimentos e a criação de novos instrumentos de incentivo, a Fundect reafirma seu papel estratégico no desenvolvimento da ciência e na formação de recursos humanos qualificados, fundamentais para o crescimento sustentável e inovador do Estado”, explica Márcio de Araújo Pereira, diretor-presidente da Fundect. 

Entre os destaques nas inovações que asseguraram mais investimentos, está a criação da Bolsa de Produtividade Estadual, um marco inédito entre as fundações de amparo à pesquisa do país. 

A ação, desenvolvida em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), contemplou 70 pesquisadores sul-mato-grossenses, aprovados na chamada nacional, mas não contemplados com recursos federais por limitação orçamentária. Com duração de até 36 meses, as bolsas incluíram também taxa de bancada para custeio e capital, em valores equivalentes aos do CNPq.

Outra frente de destaque foi o fortalecimento do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG), desenvolvido em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O convênio investe R$ 16,8 milhões em quatro grandes projetos coordenados por universidades públicas do estado – UFMS, UFGD, UEMS e UCDB – voltados à bioeconomia, biotecnologia e biodiversidade, temas estratégicos para o futuro sustentável da região Centro-Oeste.

Essas ações se somam a programas de iniciação científica e tecnológica, como o PIBIC-Fundect e o PICTEC, que introduzem estudantes da educação básica e superior ao ambiente da pesquisa, ampliando o alcance do fomento e garantindo a formação continuada de novos cientistas.

Apenas em 2025, a Fundect manteve mais de 2.300 bolsas mensais ativas nos níveis de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, com mais de 4.500 produtos acadêmicos entregues, entre dissertações, teses e relatórios técnicos.

A estratégia de diversificar editais e firmar parcerias com instituições nacionais e internacionais consolidou a Fundect como uma das fundações mais dinâmicas do país. Além da ampliação do número de bolsas, o Estado registrou aumento da qualidade das pesquisas publicadas e fortalecimento dos programas de pós-graduação. 

Impacto nas pesquisas – O professor de física e pesquisador Além-Mar Bernardes Gonçalves, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), avalia que o apoio da Fundect é determinante para o fortalecimento da pesquisa e da ciência no Estado. Segundo ele, o volume de investimentos e a atenção dada às áreas estratégicas criam o cenário ideal para a produção científica local, permitindo avanços que colocam Mato Grosso do Sul em posição de destaque nacional.

Ao comparar o desempenho do Estado com o de outras regiões do país, o docente ressalta a continuidade e a segurança das políticas de fomento, além da visão estratégica do Governo do Estado, que manteve e ampliou investimentos mesmo em períodos de retração nacional. Para o pesquisador, a Fundect cumpre papel essencial na mediação entre governo e universidades, garantindo o desenvolvimento científico e tecnológico regional.

“É perceptível o grande investimento que temos recebido do Governo do Estado, principalmente mediado pela Fundect. A Fundação tem sido pioneira em várias ações e exemplo para outras regiões do País. Fui contemplado pela Bolsa de Produtividade Estadual, que valorizou pesquisadores que não haviam sido atendidos pelo CNPq, e isso mostra a visão do governo em acreditar na nossa ciência. O apoio da Fundect tem sido fundamental para que Mato Grosso do Sul desenvolva soluções sustentáveis e se torne competitivo no cenário nacional e internacional”, completa. 

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