Mateus Pegolo superou o próprio tamanho ao capturar o “monstro do rio” em uma pescaria em família em Fátima do Sul.
Anderson Viegas
Poderia ser história de pescador ou até um episódio do programa Monstros do Rio, do biólogo britânico Jeremy Wade, mas o que o jovem Mateus Pegolo, de apenas 13 anos, viveu na última sexta-feira (17), no rio Dourados, em Fátima do Sul, foi pura realidade. Ele fisgou um pintado (Pseudoplatystoma corruscans) impressionante, com 1,79 metro de comprimento, nove centímetros maior que o próprio Mateus, que mede 1,70 metro. Veja mais no vídeo acima!
O peixe, digno do título de “monstro do rio”, é o maior exemplar já capturado da espécie no Brasil. No entanto, como ele não estava com a régua oficial da entidade que homologa recordes de pesca esportiva, a BGFA Recordes, o feito não poderá ser registrado oficialmente. O recorde reconhecido continua sendo de 1,59 metro, conquistado em 2024, também no rio Dourados, por Romário Canhete.
Mesmo sem a chancela, a captura marcou a vida do garoto e de toda a família. O pai de Mateus, o empresário João Pegolo, conta que o filho pesca desde os cinco anos e que a emoção daquele dia permanece viva na memória de todos.

“Estávamos pescando em família. Eu, meu filho, meu irmão Paulo Pegolo e o amigo Fred Queiroz, com o guia Rodolfo ‘Safadão’. No segundo dia de pescaria, já no fim da tarde, estávamos atrás de piracanjuba quando o Mateus fisgou o pintado. No começo achamos que era um enrosco, mas logo percebemos que o enrosco estava indo para o meio do rio. Foram mais de trinta minutos de luta até embarcarmos o peixe”, relembrou.
Após o esforço, veio o espanto. “No primeiro momento, ele nem acreditava no tamanho. Quando tirou o peixe do barco, olhava pra mim, pro peixe, pros companheiros… e aí foi só comemoração. Todo mundo gritando, jogando água, dando parabéns. Foi muito especial”, contou o pai, orgulhoso.
Cumprindo o princípio da pesca esportiva, o grupo mediu o peixe, registrou o momento e o devolveu às águas do rio Dourados. Agora, com a proximidade do período de piracema, que começa em 1º de novembro na bacia do rio Paraná e em 5 de novembro na bacia do Paraguai, a família vai encerrar as pescarias de 2025 com chave de ouro.
“Temos uma pescaria marcada na Argentina, em fevereiro de 2026, e em março voltamos ao rio Dourados. Quem sabe o Mateus não pega um pintado ainda maior?”, brinca João.
				




