19/10/2025 11:14

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“Foi um milagre, foi Deus, tudo foi Deus, porque eu imaginei que eu não ia sair dessa”, diz trabalhador rural que escapou de ataque de onça no Pantanal de MS

Pantaneiro de 28 anos, de sobrenome Espírito Santo, sobreviveu após ser atacado por uma onça-pintada na Fazenda Milagres. Ele atribui a Deus o livramento e recebeu socorro do Corpo de Bombeiros com apoio do Exército.

Da Redação

Entrevista do jornalista Paulo Cruz, do Autonewstv, com o trabalhador rural Flávio Ricardo Espírito Santo (Imagens: Paulo Cruz/Autonewstv).

O trabalhador rural Flávio Ricardo Espírito Santo, de 28 anos, sobreviveu a um ataque de onça-pintada no Pantanal sul-mato-grossense e chamou de milagre o que viveu. O caso ocorreu no último sábado (4), na Fazenda Milagres, na região do Paiaguás, quando ele retornava para casa a cavalo. O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul informou que a vítima sofreu cortes profundos na cabeça e na perna esquerda, mas estava consciente no momento do socorro. Ele foi resgatado por um helicóptero do Exército e levado até Campo Grande, onde permanece internado na Santa Casa.

O pantaneiro relatou ao jornalista Paulo Cruz, do Autonewstv (veja o vídeo completo acima) os instantes em que esteve frente a frente com o felino. “Foi um milagre, foi Deus, tudo foi Deus, porque eu imaginei que eu não ia sair dessa. Nós estávamos na lida diária e quando eu avistei uns urubus, fui ver o que era. Cheguei perto da moita, a onça saiu e me atacou na perna, me puxou de cima do cavalo. Eu só botava meu braço para proteger e empurrava ela, com a perna chutava. Aí chegou meu companheiro, gritou e os cachorros latiram, ela largou de mim e foi embora”, disse.

Flávio contou que foram segundos de terror. “Foi muito rápido, coisa de 5 a 8 segundos. Só pensei em Deus na hora. Só Ele para me tirar dali. Nunca tinha visto a onça frente a frente, só pegadas. E de repente, ela estava lá. Eu acredito que foi a mão de Deus”, relatou emocionado.

Mesmo ferido e perdendo muito sangue, o trabalhador ainda precisou cavalgar por cerca de meia hora até chegar em casa, onde foi socorrido pela esposa. Em seguida, bombeiros da Base Avançada de Lourdes prestaram os primeiros atendimentos até a chegada da aeronave militar. “Se demorasse mais, poderia complicar. A presa da onça ficou presa na minha perna. Ela pulou com muita força, me puxou do cavalo, e o animal assustado correu. Eu consegui chegar, mas já meio zonzo”, afirmou.

O resgate mobilizou quatro militares do Corpo de Bombeiros e contou com apoio aéreo do Exército brasileiro. A vítima chegou a Campo Grande por volta da meia-noite do domingo (5). Na trajetória marcada pelo ataque e pela sobrevivência, algumas coincidências chamam a atenção e reforçam a fé de Flávio. O sobrenome dele é Espírito Santo e o local onde tudo aconteceu se chama Fazenda Milagres. “Não tem outra explicação, só Deus mesmo”, afirmou.

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